Resumo

Título do Artigo

A INGERÊNCIA DA CORRUPÇÃO NA DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - LARA FEITOSA
- PPGA Responsável pela submissão
2 - José Milton de Sousa-Filho
- PPGA

Reumo

Esta pesquisa examinou a ingerência da corrupção na distribuição da riqueza nos países América Latina (exceto Cuba e Haiti), bem como utilizou como variáveis moderadores a saúde, educação e o índice de desenvolvimento humano - IDH. Sabe-se que os impactos da corrupção sobre a economia são diversos e dependem da forma e da extensão dos atos corruptos. As análises empíricas na literatura econômica a esse respeito buscam entender a direção desses impactos e como isso interage com outros problemas institucionais dos países
é relevante estabelecer um nexo entre a corrupção e a distribuição da riqueza, com o propósito de contribuir para o preenchimento desta lacuna teórica. Assim, formulou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Quanto maior o nível de corrupção, mais injusta é a distribuição da riqueza, em um país? Para responder à pergunta acima, escolheu-se, como campo para coleta dos dados a serem analisados, os países da América Latina (exceto Haiti e Cuba),O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da corrupção na distribuição da riqueza dos países da América Latina.
Parte da literatura existente, considera a corrupção como danosa à distribuição da riqueza ou seja, independente de variáveis institucionais, o impacto da corrupção na distribuição da riqueza será negativo, conforme preconiza a hipótese conhecida por Sand The Weels (Ades & Tella, 1997; Mauro, 1995; Méon & Sekkat, 2005) Noutra vertente, há uma outra hipótese, na qual, a corrupção pode ter efeito positivo predominante, dependendo do contexto institucional considerado. Essa é conhecida como a hipótese de Grease the Weels. (Leff, 1964; Leys, 1965).
O método utilizado foi dados em painel em efeitos aleatórios para 18 (dezoito) países no período de 2010 a 2020. Descobriu-se que a relação entre a corrupção e a distribuição da riqueza apesar de ser inversamente proporcional, não é significância. Mesmo entendimento pode ser estendido à saúde. O desenho da pesquisa é fundamental para objetivar o escopo, as técnicas e os métodos aplicados, a fim de responder ao problema de pesquisa. Assim, com base na lacuna teórica entre os construtos “corrupção” e “distribuição de riqueza”, conclui-se que este estudo é exploratório, explicativo e descritivo.
No que tange à educação e ao IDH, os resultados demonstraram que há uma ligação significante com a distribuição da riqueza. Assim, investir na melhoria dos índices destas duas variáveis (educação e IDH) é uma forma de oportunizar uma distribuição da riqueza mais igualitária e reduzir as desigualdades sociais nos países da América Latina. Essas descobertas fornecem novos insights sobre as potenciais limitações do uso da variável corrupção embasada em índices de percepção.
A pergunta a ser respondida na presente pesquisa é: “Quanto maior o nível de corrupção, mais injusta é a distribuição da riqueza, em um país?” A resposta encontrada foi: “não” para os países da América Latina, ou seja, o menor nível de corrupção de um país não influencia no índice de distribuição da riqueza. Este achado possui entendimento diverso do esposado no referencial teórico e utilizado na elaboração e fundamentação das hipóteses da pesquisa, contudo, por meio de sistema de cálculos estatísticos oportuno para uma adequada análise dos dados obtidos, foi possível perceber a não ocorrência
em anexo