Resumo

Título do Artigo

CONCENTRAÇÃO REGIONAL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NA PARAÍBA: Uma análise da energia solar fotovoltaica pelos índices de Hoover e de Krugman
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Tema

Políticas Públicas para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Clarisse Freire Barboza Maurício
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - Campus I Responsável pela submissão
2 - Italo Roger Ferreira Moreno Pinheiro da Silva
Universidade Federal da Paraíba - Centro de energias alternativas e renováveis
3 - monica carvalho
- Departamento de Engenharia de Energias Renováveis
4 - Raphael Abrahão
-
5 - Luiz Moreira Coelho Junior
Universidade Federal da Paraíba - Departamento de Engenharia de Energias Renováveis

Reumo

Uma das tecnologias sustentáveis em maior desenvolvimento na atualidade e com tendência de ascensão nos próximos anos é a energia fotovoltaica (MATHUR; SINGH; SUTHERLAND, 2020). De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a Geração Distribuída Solar Fotovoltaica no Brasil tem capacidade instalada de aproximadamente 8 GW.
Para identificação do lugar de destaque do setor fotovoltaica, realiza-se estudos sobre a geografia econômica e concentração para analisar sua distribuição em determinada área. Em busca de entender o mercado fotovoltaico paraibano e sua dinâmica regional, assim como contribuir para desenvolvimento de políticas estatais no setor renovável, o presente artigo tem como objetivo analisar a concentração da geração distribuída fotovoltaica da Paraíba, nos anos de 2014 a 2021, com o auxílio de dois indicadores e considerando as classes de divisão da geração distribuída.
Os indicadores de concentração são essenciais para definir a estrutura do mercado, analisando o quanto uma atividade econômica tem domínio sobre uma região específica. (CHARUMBIRA; SUNDE, 2010). O índice de Hoover é mostrado por Long e Nucci (1997) como uma medida que analisa a tendência de concentração da distribuição populacional em evolução em uma região, assim como uma métrica de desigualdade para identificar o desvio da distribuição. O Índice de Dessemelhança de Krugman (1993) compara a mesma variável em duas regiões diferentes, sendo uma delas referência.
O índice de Hoover foi aplicado às unidades geradoras presentes na Paraíba nos anos de 2014 a 2021 para cada grupo de tensão presente no Estado nas instalações de Geração Distribuída Fotovoltaica e exibido em gráficos para cada grupo de tensão. O Índice de Dessemelhança de Krugman que mede o grau que as regiões diferem da referência em capacidade instalada foi apresentado em mapas para comparação das regiões, os resultados encontrados foram divididos em quartis de 0 a 0,5; 0,5 a 1; 1 a 1,5 e 1,5 a 2.
Os grupos de tensão A3, AS e B4 têm o índice igual a zero, por possuir apenas um município com esse tipo de grupo de tensão, sendo os dois primeiros em Patos e B4 em Monteiro, gerando baixa concentração e distribuição uniforme. No índice de Dessemelhança de Krugman, em 2014 a 2016 definiu-se João Pessoa, como região de referência, em 2017 e 2018 estabeleceu Sousa, Campina Grande em 2019, João Pessoa em 2020 e Cabaceiras em 2021, considerando a maior potência instalada no estado ano a ano. Nos anos de 2014 a 2017, o município com menor índice de Krugman foi João Pessoa.
Na verificação estadual do índice de Hoover, os grupos A3, AS e B4 possuem apenas um município com esse grupo de tensão e, por isso, possuem índice de Hoover igual a zero, com baixa concentração e distribuição uniforme. No índice de Dessemelhança de Krugman, nos anos iniciais, João Pessoa mais se assemelhou à região de referência e Lagoa Seca mais se diferenciou. Já nos anos finais do estudo, os municípios que destacaram-se fogem um pouco do esperado por possuírem baixa capacidade instalada. No grupo A1, o índice iniciou com valor igual a zero.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Banco de Informações de Geração Distribuída. Disponível em: https://dadosabertos.aneel.gov.br/pt_BR/dataset/relacao-de-empreendimentos-de-geracao-distribuida. Acesso em: 19 abr. 2022. KRUGMAN, P. Geography and trade. Cambridge: MIT Press, 1993. KRUGMAN, P. Increasing Returns and Economic Geography. Journal of Political Economy, v. 99, p. 483-499, 1991. Resolução normativa ANEEL. nº 482, de 17 de abril de 2012. Disponível em < http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf >. Acesso em: 14 abr.