Resumo

O crescimento urbano acelerado das cidades amplifica desafios climáticos (Pietrapertosa et. al., 2019). Governos estão elaborando estratégias de mitigação e adaptação (Ahmed et. al., 2020). O planejamento urbano desempenha um papel vital na mitigação das mudanças climáticas (Cajot et. al, 2017). As metas globais de redução de Gases de Efeito Estufa (GEE), estabelecidas no Acordo de Paris representam um avanço em direção a uma resposta global compartilhada e equitativa para enfrentar as mudanças climáticas (Wiktorowicz et. al., 2018).

Como as cidades podem enfrentar a crise climática e apoiar os compromissos do Acordo de Paris? Este estudo busca compreender as práticas de mitigação das cidades desde a ratificação do Acordo, mapear e sintetizar a evolução das abordagens de mitigação adotadas pelas cidades desde a ratificação do Acordo de Paris e analisar discussões sobre governança e justiça climática considerando as ações e interações dos governos locais no contexto das mudanças climáticas após as diretrizes do Acordo de Paris.

O planejamento urbano abrange um amplo espectro de teorias e práticas destinadas a orientar o desenvolvimento das cidades e melhorar a qualidade de vida humana (Asadzadeh et al., 2023). É essencial implementar um planejamento energético (Cajot et al., 2017). Governo e governança são elementos interconectados do processo de planejamento (Asadzadeh et al., 2023). A adaptação climática justa requer foco na equidade (Granberg e Glover, 2021). Por sua vez, o urbanismo biofílico é uma abordagem que propõe a integração deliberada de elementos de design natural nas cidades (Beatley, 2011).

Este estudo adotou a metodologia de Revisão Sistemática de Literatura (RSL), um método rigoroso que segue um protocolo estruturado para identificar, selecionar e analisar imparcialmente a literatura existente (Tranfield, 2003), conforme as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic and Meta-Analyses (PRISMA) (Page et al., 2021). Essa abordagem visa garantir objetividade, ausência de viés, reprodutibilidade, confiabilidade e possibilitar comparações com outras revisões sistemáticas (Cortese et al., 2022; Yigitcanlar et al., 2019; Tranfield et al., 2003).

Cidades canadenses adotam densidade urbana e transporte público (Ruparathna et al., 2017). Cingapura promove o urbanismo biofílico (el-Baghdadi e Oliveira, 2017). Resiliência urbana em Zorrotzaure e Nova York (Sánchez, Solecki e Ribalaygua, 2018). Planos climáticos na Dinamarca, França, Eslováquia e Reino Unido (Reckien et al., 2018). Cidades brasileiras incorporam em seus Planos Diretores (Pietrapertosa et al., 2019). A União Europeia promove mobilidade autônoma (Gavanas, 2019). Paquistão foca no setor energético (Ahmed et al., 2020).

Cidades globais adotam diversas abordagens para combater as mudanças climáticas, como na redução das emissões de GEE relacionadas à energia. O urbanismo biofílico está em ascensão. Há promoção da mobilidade autônoma para reduzir emissões. A governança climática enfrenta desafios de falta de orientação nacional e regional, pressionando os governos locais a desenvolverem suas próprias estratégias. O envolvimento ativo da comunidade é crucial para a resiliência e justiça climática. Soluções integradas e colaborativas são fundamentais.

CORTESE, Tatiana Tucunduva Philippi et al. Understanding sustainable energy in the context of smart cities: a PRISMA review. Energies, v. 15, n. 7, p. 2382, 2022. YIGITCANLAR, Tan et al. Can cities become smart without being sustainable? A systematic review of the literature. Sustainable cities and society, v. 45, p. 348-365, 2019. ARAOS, Malcolm et al. Climate change adaptation planning in large cities: A systematic global assessment. Environmental Science & Policy, v. 66, p. 375-382, 2016.