Resumo

Título do Artigo

TODA CAMINHADA COMEÇA COM O PRIMEIRO PASSO: MAPEAMENTO DOS MODELOS DE CAMINHABILIDADE
Abrir Arquivo

Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Ana Isabelle Gomes Lopes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Unidade Acadêmica de Administração Responsável pela submissão
2 - Ana Cecília Feitosa de Vasconcelos
- Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) / Unidade Acadêmica de Administração e Contabilidade

Reumo

Caminhar faz parte da vida de todos os seres humanos, já que todos são pedestres e momentaneamente estão utilizando outros meios de transporte. A escolha do ambiente de caminhada é influenciada pela qualidade do ambiente construído para o pedestre. As calçadas se configuram no ambiente do pedestre na cidade. Um dos assuntos mais debatidos atualmente, pelo seu potencial de melhoramento da qualidade de vida nas cidades, é a caminhada. Estudar a caminhada sob a perspectiva do pedestre, altera notoriamente a importância dada às dimensões e variáveis da caminhabilidade.
Considerar o olhar do pedestre altera significativamente a importância dada às dimensões da caminhabilidade, especialmente a urgência da revitalização das calçadas. Desse modo, esta pesquisa se propôs a responder o seguinte questionamento: Quais os direcionamentos das publicações acadêmicas de modelos de caminhabilidade? Mapear as publicações científicas de modelos de caminhabilidade, no peíodo de 1945 até 2022, avançando na compreensão sobre o desenvolvimento do campo, analisando as principais publicações, seus respectivos autores, temas abordados e sua agenda futura de pesquisa.
O conceito de caminhabilidade está associado ao quão convidativo um ambiente é para o pedestre. Os estudos de caminhabilidade, permitiram compreender que alguns fatores, como a segurança, conectividade, estética e acessibilidade, alteram a vontade das pessoas de andar em determinado trecho. Portanto, alguns modelos de caminhabilidade foram propostos, promovendo espaços mais caminháveis em lugares como a Dinamarca e Estados Unidos.
Foi adotado o estudo bibliométrico na base de dados internacional Web Of Science, e contou com o apoio do software Vos Vosviewer®. Para a pesquisa bibliométrica, optou-se por atender às recomendações de Guedes e Borschiver, utilizando as leis de Zipf, Lotka e Bradford.
Os resultados apontaram para 315 artigos, dos quais apenas 34 (11%) de fato, adotaram a perspectiva do pedestre na proposição do modelo. Nota-se que embora o tema esteja agregado em vários campos do conhecimento, cada um destes está estudando a caminhabilidade por sua própria ótica, sem considerar uma perspectiva interdisciplinar. A análise dos dados qualitativos, identificou a formação de clusters, mostrando algumas divisões dos estudos, de acordo com o interesse de cada grupo de pesquisadores.
Os dados permitiram entender que há pouca cooperação entre os diferentes campos do conhecimento na proposição dos modelos de caminhabilidade existentes. Assim, recomenda-se que especialistas de áreas de conhecimento diferentes formem redes de pesquisas, no intuito de tornar mais interdisciplinar as pesquisas de modelos de caminhabilidade.
GEHL, J. Cidades para pessoas. Tradução de Anita di Marco. 2a edição, São Paulo, Perspectiva, 2013. GUEDES, V.; BORSCHIVER, S. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica. CINFORM – Encontro Nacional de Ciência da Informação VI, v. 6, 2005. JACOBS, J. Morte e Vida de Grandes Cidades. Tradução de Carlos S. Mendes Rosa. WMF Martins Fontes, 3 edição, São Paulo, 2011.