Resumo

Título do Artigo

APLICAÇÃO DO MODELO LÓGICO PARA AVALIAR O PLANO DE MOBILIDADE URBANA DE CAMPINA GRANDE-PB
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Jane arimercia Siqueira soares
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG - UFCG
2 - Maria de Fátima Martins
-
3 - Joyce Aristercia Siqueira Soares
- Centro de Tecnologia e Recursos Naturais Responsável pela submissão
4 - ERIVALDO MOREIRA BARBOSA
- Università degli Studi di Messina, UNIME, Itália.

Reumo

A produção do espaço urbano é um resultado da produção social por agentes que, ao logo do tempo se apropriam e transformam-no, a dinâmica imposta por estes é complexa, e resulta das mutações de suas necessidades sobre os meios de produção e dos conflitos de classe que delas emergem. Dessas ações complexas implicam um processo de reorganização do espaço que se configura pela incorporação de novas áreas, uso e ocupação de solo e consequentemente também da deterioração (FERNANDES, 2017; ARAUJO, 2016).
Entretanto, as ações dos homens transformadores do espaço se configuram na formação de territorialidades múltiplas, caracterizadas pela acumulação de bens, desigualdades e segregação de áreas (BEZERRA e SILVA, 2018) evidenciando os espaços urbanos, também, como locais de construção de pobreza e de divisão de interesses. Com isso, surge a necessidade de disciplinarmos a organização desses espaços através de políticas de ordenamento para que se possa oferecer às habitantes condições para se viver em um ambiente de qualidade (DA CUNHA, 2008).
As cidades são cenários promotores do crescimento e desenvolvimento, sendo espaços atrativos para o deslocamento de pessoas das zonas rurais para as zonas urbanas pela oferta de emprego e serviços públicos, porém, para que se possa receber essa demanda crescente e acomodá-los em espaços residências e comerciais os limites das cidades são estendidos em sua maioria das vezes de forma desordenada, no entanto, uma boa ocupação e uso do solo pode proporcionar uma maior qualidade de vida e desenvolvimento se for bem planejada (MERFORTH e BOHLER-BAEDEKER 2014; REIS et al, 2014 ).
O modelo lógico desenvolvido pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional é uma das principais metodologias utilizados pela teoria do programa, apresenta de forma sistemática e visual os componentes do programa. O modelo é caracterizado pela presença de três fatores: a) recursos (imputs) podendo ser financeiros ou humanos; b) atividades, são as ações para se chegar ao objetivo da política e, c) resultados, que são os produtos resultados da execução do programa ou política (CASSIOLATO e GUERESI, 2010).
Observa-se de forma sistemática o processo de construção das etapas para se alcançar determinados objetivos do PLANMOBCG, as entradas estão especificadas no plano, que são os insumos, advindo de dotações orçamentárias do Governo Municipal, sendo direcionadas para a implementação do Plano. As atividades se referem as ações efetivadas para que se cegassem aos resultados, para isso foi necessário a capacitação de pessoas, o desenvolvimento de um projeto de pavimentação e sinalização das referidas ruas e para que a obra fosse realizada foi necessário a escolha de uma empresa para a construção.
O Modelo Lógico demonstrou que o PLANMOBCG conseguiu atender alguns objetivos específicos do plano e o objetivo geral, observa-se ainda, que apesar de já ser uma política em fase de implementação e fundamentada na política Nacional de Mobilidade Urbana, ainda carece de melhorias no que diz respeito aos aspectos ambientais e a mobilidade de transportes motorizados e não motorizados nas referidas ruas.
ARAÚJO, Alessandra Silva. O planejamento urbano e ambiental na construção de cidades sustentáveis: as hortas urbanas comunitárias em Porto, Portugal, e Belo Horizonte, Brasil. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, v. 8, n. 2, p. 190-209, 2016. BEZERRA, Josue Alencar; SILVA, Cicero Nilton Moreira. Entre o rural e o urbano interiorizado. Mercator (Fortaleza), v. 17, 2018.