Resumo

O crescimento tecnológico e as divergências institucionais, fortalecendo o potencial presente e futuro, de acordo com as necessidades e aspirações da humanidade. As dimensões ESG estão cada vez mais presentes nas estratégias de negócios das instituições financeiras e têm sido assunto constante nos meios empresariais e acadêmicos devido os impactos da pandemia do COVID-19 e o maior interesse nas questões socioambientais por investidores e da sociedade em geral. Em virtude disso, os bancos estão aderindo a modelos de negócios sustentáveis e colocando em prática os critérios ESG.

Diante da necessidade das instituições financeiras de contribuírem para o desenvolvimento sustentável, a questão-problema que orienta este estudo é: quais são os modelos de negócios sustentáveis determinados por esses bancos? Para responder, esta pesquisa tem como objetivo analisar os modelos de negócios sustentáveis adotados pelos bancos listados na Bolsa de Valores do Brasil.

Bancos e seus modelos de negócios sustentáveis: mudanças econômicas, sociais, políticas, tecnológicas e culturais na sociedade atual apontam para o surgimento de novos paradigmas que orientam o comportamento e as estratégias; Práticas ESG: O Pacto Global, lançado por Kofi Annan em 2004 durante seu mandato como secretário-geral das Nações Unidas, convidou as empresas a alinharem suas estratégias organizacionais aos dez princípios universais; Fatores de sustentabilidade: O tripé da sustentabilidade, composto pelos aspectos social, ambiental e financeiro.

Além de consultar relatórios dos bancos. Além disso, foi realizada uma pesquisa descritiva quali-quantitativa, que envolveu a coleta de dados secundários e a comparação entre os quatro maiores bancos brasileiros listados no ISE B3. Utilizou-se o princípio da materialidade, conforme definido pelo Global Reporting Initiative (GRI, 2016). As informações analisadas neste estudo foram obtidas dos sites e relatórios de sustentabilidade dos quatro maiores bancos brasileiros, referentes aos anos de 2019-2021. Os bancos selecionados foram Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander.

As instituições apresentaram bom desempenho ESG, com destaque para o Bradesco. O estudo comparou as instituições e mostrou que o Bradesco se destacou na inclusão, transparência e projetos socioambientais. No aspecto ambiental, o Bradesco teve medidas eficazes, enquanto o Santander apresentou desempenho inferior. O Banco do Brasil teve desempenho social limitado, com foco nos funcionários. O Itaú Unibanco teve desempenho inferior em governança devido à falta de regularidade em treinamentos.

Bancos que seguem as diretrizes ESG têm melhor aceitação no mercado e são mais bem avaliados pelos investidores brasileiros. O Bradesco se destaca no setor, recebendo prêmios por seus projetos de gestão sustentável. Os resultados revelam investimentos contínuos dos bancos para se tornarem mais sustentáveis, com uso de energia renovável e neutralização do CO2 através de reflorestamento. Além do aspecto ambiental, as instituições devem ter um papel social ativo, com projetos que promovam equidade racial e de gênero. Essas práticas conferem uma vantagem competitiva na captação de investidores.

Alexandrino, T. C. (2020). Análise da relação entre os indicadores de desempenho sustentável (ESG) e desempenho econômico-financeiro de empresas listadas na B3 (Master's thesis, Universidade Federal de Pernambuco). Amato Neto, J (2014). A era do ecobusiness: criando negócios sustentáveis. Editora Manole. Araújo, H. P. (2020). Sustentabilidade, governança e integração regional em tempos de crise. Arraes. Carlos, M. D. G. O. (2020). O Corporate Social Performance Do Setor Bancário Brasileiro: Relação Entre Os Fatores Socioambientais E De Governança E O Valor Adicionado. Contabilometria, 7(2).