Resumo

Título do Artigo

CARBONO AZUL E RECUPERAÇÃO DE MANGUES: POTENCIALIDADES NO ECOSSISTEMA DO CEARÁ
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Tema

Estratégia para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Fernanda Beatryz Rolim Tavares
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG - Centro de Ciências Jurídicas e Sociais
2 - Luanna Mariane Pereira Ramos Gil
Universidade Federal do Ceará - UFC - PPAC Responsável pela submissão
3 - Raimundo Eduardo Silveira Fontenele
- Universidade Federal do Ceará/FEAAC/PPAC

Reumo

A compensação de carbono de zonas úmidas costeiras, conhecida como “carbono azul”, oferece uma perspectiva promissora para abordar esses desafios de maneira sustentável. Ao investigar como essa abordagem pode ser aplicada no contexto específico do Ceará, pode-se fornecer informações valiosas para a conservação dos manguezais, o desenvolvimento econômico local e a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, ao aprender com experiências nacionais e internacionais, permite identificar melhores práticas que podem ser adaptadas e implementadas de forma eficaz na região costeira do Ceará.
Como a implementação de projetos de compensação de carbono de zonas úmidas costeiras (carbono azul) pode contribuir para a restauração dos manguezais no estado do Ceará? o objetivo deste artigo é discutir, com base em experiências nacionais e internacionais, como a compensação de carbono em zonas úmidas costeiras (carbono azul) pode contribuir para os aspectos sociais, econômicos e a preservação dos manguezais no estado do Ceará.
Os mangues são ecossistemas costeiros relevantes, que promovem diversos serviços ecossistêmicos, a regulação do clima, a proteção contra tempestades e a produção de recursos pesqueiros, são alguns exemplos (RAMOS, 2022). Apesar disso, esses ecossistemas estão sendo ameaçados pela ação antrópica, como a exploração madeireira e a conversão de terras para aquicultura e outros usos (JUNIOR et al., 2019). Quando degradados, os mangues liberam GEE na atmosfera, favorecendo prejuízos nas mudanças climáticas, tornando-se fontes significativas de gerando impactos sobre o bem-estar humano.
A presente pesquisa possui uma abordagem qualitativa e trata-se de um estudo de caso, visando promover proposições de aplicação em um contexto específico, o estado do Ceará e explorando como a compensação de carbono de zonas úmidas costeiras pode ser aplicada nessa área. Para investigar a viabilidade e os benefícios da implementação desses projetos no estado do Ceará, foi conduzida uma abordagem metodológica abrangente, envolvendo leitura de materiais acerca da temática coletados de fontes nacionais e internacionais.
PRÁTICAS NO CONTEXTO INTERNACIONAL Diretrizes específicas elaboradas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) possibilitaram a aplicação em relação ao estoque de carbono e à avaliação das emissões de GEE (HIRAISHI et al., 2014). PRÁTICAS NO CONTEXTO NACIONAL Segundo o mapeamento realizado pelo CSR/Ibama, apresentado no Atlas dos Manguezais do Brasil, o ecossistema de manguezal se estende por aproximadamente 14.000 km² ao longo da costa brasileira. CARACTERIZAÇÃO DOS MANGUES NO ESTADO DO CEARÁ No Ceará, os mangues estão presentes em cerca de 22 municípios.
O estudo realizado objetivou discutir as contribuições sociais, econômicas e ambientais do carbono azul junto a recuperação de mangues através de experiências nacionais e internacionais, visto que é uma temática relevante e globalmente debatida, principalmente pelo fato de que os manguezais armazenam quantidades significativas de carbono e metodologias de compensação são uma importante estratégia de recuperação dessas áreas.
ALMEIDA, R.; COELHO JÚNIOR, C. Manguezal e serviços ecossistêmicos. In: Atlas dos Manguezais do Brasil / Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. – Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. 176 p. ANGELSEN, A.; BROWN, S.; LOYSEL, C.; PESKETT, L.; STRECK, C.; ZARIN, D. Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation (REDD): An Options Assessment – Prepaired for The Government of Norway, 2009.