Resumo

Título do Artigo

MAPEAMENTO DE ESTUDOS BRASILEIROS SOBRE LIVING LAB
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Tema

Inovação para a Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Carolina Mendo dos Santos
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS/CPAQ - Campus Campo Grande Responsável pela submissão
2 - Priscilla Azambuja Justi
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS/CPNA - Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia - FAENG
3 - Adriane Angélica Farias Santos Lopes de Queiroz
- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Reumo

Os Living Labs e Urban Living Labs têm se tornado ainda mais relevantes (AMORIM; MENEZES; FERNANDES, 2022), pois esses laboratórios podem abordar diversas temáticas (MCCRORY et al., 2020). Mas estudos alertam para a concentração de estudos sobre esses laboratórios estar limitada à Europa, questionando se essa dependência pode afetar as visões de diferentes contextos (MCCRORY et al., 2020) ou gerar dificuldades na transferência de conhecimento para países em desenvolvimento, principalmente do Sul Global (AMORIM; MENEZES; FERNANDES, 2022).
Estudos de revisão bibliográfica e sistemática publicados anteriormente sobre esta temática, que apresentam em seu resultado a concentração de estudos sobre a temática na Europa, surge uma lacuna para apresentar a abordagem dos estudos do Sul Global que relacionem os LLs. Por isso este estudo pretende responder à questão: Quais são os aspectos considerados nos estudos brasileiros sobre a temática de Living Labs (LLs) ou Urban Living Labs (ULLs)? Logo, o objetivo deste artigo é levantar os aspectos considerados em estudos brasileiros sobre LL ou ULL.
Os Living Labs podem ser uma ferramenta de experimentação para resolver os problemas urbanos complexos (VEECKMAN; TEMMERMAN, 2021), a partir de ambientes físicos ou virtuais, onde os atores da quadrupla hélice colaboram para a co-criação de novas tecnologias, serviços, produtos e sistemas em um contexto de vida real (LEMINEN; WESTERLUND; NYSTRÖM, 2012), sendo particularmente interessantes por conta do envolvimento dos usuários na jornada da inovação (GREVE et al., 2021).
Trata-se de um estudo que utiliza o método de pesquisa de análise sistemática, onde são estudados os aspectos qualitativo e quantitativo da produção, disseminação e uso das informações registradas, através de um levantamento exploratório, interdisciplinar, de trabalhos publicados na base da dados Web of Science, Science Direct, Scielo Brasil e Google Acadêmico com as palavras-chave (‘strings’): “LIVING LAB” OR “URBAN LIVING LAB” AND “BRAZIL” OR “BRASIL” nas buscas nos títulos, resumos e palavras-chave.
Com o desenvolvimento das etapas apresentadas no percurso metodológico empreendido, foi possível obter a seleção de 41 artigos que correspondem com LL ou ULL relacionados ao Brasil. Essa escolha de análise indica que os laboratórios nos estudos levantados são percebidos, principalmente, através de uma lente de um país em desenvolvimento, onde foram analisados se os estudos foram publicados em periódicos ou eventos, bem como a sua temporalidade, palavras-chave, autores, escala, temática, referências mais citadas e agenda de pesquisas futuras.
Este estudo contribui de forma específica ao indicar a literatura acadêmica sobre estudos brasileiros de Living Labs e Urban Living Labs, assim preenchendo a lacuna que aponta a necessidade de análise de trabalhos em outras nacionalidades para explorar o desenvolvimento da pesquisa sobre estes laboratórios em diferentes países.
AMORIM; MENEZES; FERNANDES. Urban Living Labs and Critical Infrastructure Resilience: A Global Match? Sustainability. 2022. GREVE et al. Living labs: From niche to mainstream innovation management. Sustainability. 2021. LEMINEN; WESTERLUND; NYSTRÖM. Living Labs as Open-Innovation Networks. 2012. MCCRORY et al. Sustainability-oriented labs in real-world contexts: An exploratory review. Journal of Cleaner Production. 2020. VEECKMAN; TEMMERMAN. Urban living labs and citizen science: from innovation and science towards policy impacts. Sustainability. 2021.