Resumo

Título do Artigo

GESTÃO SUSTENTÁVEL: PRODUÇÃO LOCAL DE ALIMENTOS ORGÂNICOS NO AGRESTE PERNAMBUCANO
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Tema

Agronegócios e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Taina Santos Oliveira
Universidade Federal de Pernambuco - CAA Responsável pela submissão
2 - Marconi Freitas da Costa
- Programa de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo - PPGIC, Universidade Federal de Pernambuco

Reumo

O primeiro alerta mundial contra os efeitos nocivos do uso desses produtos surgiu com a cientista Rachel Carson em seu livro Primavera Silenciosa (1962), que enfatizou o uso exacerbado do Dicloro-Difenil-Triclorotano (DDT) e outros pesticidas nos Estados unidos que estava destruindo os ecossistemas, matando animais e prejudicando a saúde dos seres humanos. A obra Primavera Silenciosa foi o pontapé inicial para a realização da primeira Conferência das Nações Unidas em 1972, sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano com representantes de 113 países reunidos em Estocolmo.
O contexto recente da sustentabilidade, impulsionado pela busca por uma alimentação mais saudável, vem repercutindo na agricultura, em particular na agricultura orgânica. A partir desta constatação, este trabalho tem como objetivo geral identificar os desafios enfrentados na produção local de alimentos orgânicos no agreste pernambucano.
Em reação à degradação ambiental causada por esse melhoramento genético, surge o movimento por práticas agrícolas sustentáveis denominados agriculturas orgânicas. Seu principal objetivo é produzir alimentos saudáveis e de qualidade sem o uso de fertilizantes que provoquem efeitos adversos na saúde do solo, plantas, animais e seres humanos.
O presente estudo se trata de uma pesquisa de natureza qualitativa (Creswell, 2007) Quanto aos fins, trata-se de uma pesquisa de cunho exploratório, com o objetivo de buscar uma proximidade da realidade do objeto estudado e entender as percepções dos entrevistados em suas múltiplas dimensões (Cervo; Bervian; Da Silva, 2007). Para a definição dos sujeitos da pesquisa utilizou-se o critério de acessibilidade aos respondentes (Gonsalves, 2001).
Baseado nos resultados obtidos constata-se que a principal contribuição desta pesquisa foi identificar que a produção de alimentos orgânicos no Agreste Pernambucano ocorre, em suma, inconscientemente quanto às particularidades deste tipo de agricultura. Os resultados mostraram que as principais barreiras à produção na região são um baixo nível de assistência técnica, produção mais suscetível à incidência de praga, a ausência de acesso a equipamentos causando prejuízos nas plantações, à falta de informações, a insegurança dos consumidores quanto à veracidade e origem dos alimentos etc.
Tendo em vista o exposto, considera-se que foi possível responder a pergunta de pesquisa a partir das análises das entrevistas, sendo os desafios enfrentados pelos produtores locais na gestão sustentável da produção de alimentos orgânicos: a baixa assistência técnica no campo fornecida pelo governo local, difícil acesso a maquinário, o receio de alguns consumidores quanto a veracidade dos alimentos, baixa visibilidade da feira da agricultura familiar, e o déficit de meios mais eficazes para a capacitação dos produtores orgânicos.
VILPOUX, François O; GONZAGA, Ferreira J; PEREIRA, Gomes W. M. Agrarian reform in the Brazilian Midwest: Difficulties of modernization via conventional or organic production systems. Land Use Policy, 103, 105327, 2021. CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. [traduzido por Claudia Sant'Anna. Martins]. 1. ed. -São Paulo: Gaia, 2010.