Resumo

Em um mundo cada vez mais urbanizado, aumentam-se também as limitações de infraestrutura, saneamento, distribuição de água e o acesso aos serviços básicos de saúde e manutenção da vida. O complexo conjunto de desafios propostos pela ONU, crescimento exponencial, diversas definições e as limitações estruturais da sociedade sobrepõe aos gestores públicos e governamentais uma pressão com a responsabilidade de realizar tomadas de decisões estratégicas para atender as demandas. A utilização de diferentes tecnologias vem sendo cada vez mais adotada como forma de prover melhorias para as cidades.

Indagou-se assim para a reflexão: quais são as iniciativas implementadas que podem ser utilizadas em uma cidade que visa tornar-se inteligente no que tange ao atendimento às questões ambientais. Assim, o estudo tem como objetivo geral propor um mapeamento de iniciativas implementadas no mundo de acordo com o fator ambiente inteligente proposto por Giffinger et al. (2007).

Esta seção apresentou uma análise dos principais conceitos e características referentes às cidades inteligentes. Abordando os tópicos cidade inteligente, cidade digital, cidade sustentável, suas associações, seguidos dos modelos identificados na literatura que servirão de base para o trabalho. Como o estudo de Giffinger et al. (2007) que define Smart City como uma cidade que apresenta um considerável desenvolvimento em seis diferentes áreas, assim denominadas: governança inteligente, mobilidade inteligente, pessoas inteligentes, economia inteligente, ambiente inteligente e vida inteligente.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste artigo foi estruturada em 04 (quatro) etapas principais: (i) coleta de dados e análise do conteúdo, (ii) identificação de iniciativas, (iii) categorização por dimensões, (iv) análise e identificação de subcategorias das iniciativas de ambiente inteligente. Como forma de coleta de dados foi utilizada a Revisão Sistemática da Literatura (RSL) e a análise de conteúdo. A RSL foi utilizada para mapear e avaliar o território intelectual existente, identificando as principais contribuições científicas para o campo pesquisado.

Para realizar a implementação de uma cidade inteligente, Biadacz e Biadacz (2021) pontuam que é necessário a definição dos objetivos mais importantes a serem alcançados no qual a cidade deverá se basear para o desenvolvimento sustentável e nas necessidades dos residentes. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo geral propor um mapeamento de iniciativas já implementadas, conforme a dimensão de ambiente inteligente proposto por Giffinger et al. (2007) resultando na construção de um modelo genérico para a implementação de ambientes inteligentes em cidades.

Entende-se que o desenvolvimento de modelos é importante para que gestores públicos possam direcionar seus esforços mais assertivamente para tornar as cidades mais inteligentes no que tange ao ambiente, sendo este um ponto importante de partida em direção à sustentabilidade e preservação ambiental de cidades inteligentes e que emerge deste trabalho.

BIADACZ, Renata; BIADACZ, Marek. Implementation of “Smart” Solutions and An Attempt to Measure Them: A Case Study of Czestochowa, Poland. Energies, v. 14, n. 18, p. 5668, 2021. GARCÍA FERNÁNDEZ, Cristina; PEEK, Daniël. Smart and sustainable? Positioning adaptation to climate change in the European smart city. Smart Cities, v. 3, n. 2, p. 511-526, 2020. GIFFINGER, Rudolf et al. City-ranking of European medium-sized cities. Cent. Reg. Sci. Vienna UT, v. 9, n. 1, p. 1-12, 2007. HU, Richard. The state of smart cities in China: The case of Shenzhen. Energies, v. 12, n. 22, p. 4375, 2019.