Resumo

A abordagem deste trabalho apresenta, como inovação, uma proposição de apresentar indicadores de ações em sustentabilidade, associando educação com afetividade e os objetivos do desenvolvimento sustentável como pilares para o alcance de uma formação mais robusta e efetiva de pessoas que compreendam a sustentabilidade como um imperativo para a sobrevivência e para uma valorização da perspectiva sustentável. Parte-se da ideia central do papel do conhecimento para o desenvolvimento e foca na educação formal como materialização de atividades que levam os seres humanos à aquisição de conhecimento.

O que é preciso para que haja um desenvolvimento com inclusão na região latino-americana? Parte-se da hipótese que a adoção de políticas públicas que favoreçam uma educação efetivamente inclusiva seria a ação mais efetiva a ser tomada para que se criassem espaços de formação dos seres humanos associados à sustentabilidade, em uma compreensão que aborda aspectos ambientais, espiritualidade, bem-estar e bem-viver, ética, gestão de pessoas, ESG. Objetivo geral: apresentar uma proposta de indicadores de ações em sustentabilidade, associando educação com afetividade e os ODS.

Faz-se uma contextualização histórica sobre sustentabilidade, discute-se educação e sustentabilidade e princípios da relação afetividade-aprendizagem. Destaca-se o papel da educação na formação de cidadãos críticos, aptos à tomada de decisões com vistas ao seu próprio desenvolvimento, mas sobretudo no que se refere à sustentabilidade, indivíduos capazes de promover a preservação/conservação do planeta, o bem-estar social, a equidade e igualdade entre as pessoas. A afetividade envolve potencializar o aprendizado e o favorecimento de ações conscientes focadas em ecosofia.

O artigo possui abordagem qualitativa, é de natureza básica e apresenta objetivos exploratórios e descritivos, utilizando como técnica pesquisa bibliográfica em fontes secundárias, tendo como tema central a educação para a sustentabilidade e a relação aprendizagem-afetividade. . Para a coleta de dados foram utilizadas as bases de dados Scopus, Web of Science e Spell. Para a seleção dos artigos que constituíram a revisão bibliográfica foram utilizados os seguintes filtros: palavras-chave (education AND sustainability AND latin american), ano de publicação (2013-2023) e tipo de documento.

Propõe-se uma alegoria na qual a Educação se configura como a raiz que sustenta todo o processo de desenvolvimento da sustentabilidade na sociedade como um todo.; esse conceito se apresenta como os frutos que vão alimentar os diversos sujeitos envolvidos no processo de construção. A escolha dos indicadores como processo de floração da árvore representa as perspectivas que surgem mediante as novas ações desenvolvidas e são propostos 10 indicadores de ação em sustentabilidade, base para as organizações pensarem em indicadores que resultem em potencialização de ações em prol da sustentabilidade.

A sustentabilidade deve ser abordada de forma multidisciplinar, com o intuito de promover iniciativas socioeducativas que fortaleçam as relações internas e externas, despertando o interesse dos estudantes por meio de atividades práticas que estimulem a comunicação científica direcionada a comunidade do entorno, sobre as ações que são executadas no campus e que podem contribuir para o efeito vizinho, por meio de um processo em cadeia ou efeito dominó. A educação para sustentabilidade também provoca mudanças com foco na inovação do modelo educacional, permitindo maior participação dos discentes.

FONTALVO-BUELVAS et al. Evaluating University Gardens as Innovative Practice in Education for Sustainability: A Latin-American Case Study. Sustainability, 15, 3975, 2023. HORBACH, J. Indicator systems for sustainable innovation. Physica-Verlag, 1º Ed., 213 p., 2005. HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a Educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013. LEAL FILHO. Mapping sustainability initiatives in higher education institutions in Latin America. Journal of Cleaner Production, n. 315, 2021.