Resumo

Título do Artigo

SHAREHOLDER INVISÍVEL: Uma Perspectiva Teórica da Relação entre Capital Natural, Negócios e Sociedade
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Rayla dos Santos Oliveira Dias
- Universidade Federal do Rio de Janeiro Responsável pela submissão
2 - Aracéli Cristina de S. Ferreira
-

Reumo

Os negócios atuam na e para a sociedade, assim como dependem da sociedade e de uma cadeia de suprimentos que transacionam recursos e causam impactos a nível global, gerando uma dependência “invisível” dos recursos naturais (Donaldson & Walsh, 2015; Polasky & Daily, 2021). A Teoria dos Stakeholders e a Teoria Dual-Investor compreendem a sociedade e o meio ambiente como contribuintes na geração de valor, e deveriam compor o processo de distribuição do valor criado (Freeman, 1984; Schlossberger, 1994). O termo “Shareholder Invisível” refere-se à sociedade enquanto fornecedora do Capital Natural.
A natureza fornece diversas contribuições, seus elementos produzem valor direta e indiretamente através das florestas, rios, terras, minerais e oceanos, que ao serem combinados proporcionam valor que é definido como “capital natural” (Cuckston, 2018; Dasgupta, 2021; Polasky & Daily, 2021). Os negócios criam valor a partir do uso da água, energia, regulação do clima, polinização (Houdet et al., 2020; Ingram et al., 2022). Os recursos fazem parte do Património Natural da Humanidade (UNESCO, 1972), no entanto, essa relação ainda não é reconhecidos na Contabilidade (Bebbington & Rubin, 2022).
O estudo avança na discussão das Teorias (Stakeholder e Dual-Investor), ao apresentar a relação entre negócios, sociedade e capital natural na perspectiva contábil e como o capital natural contribui para o desenvolvimento da sociedade e dos negócios. Além disso, propõe uma nova perspectiva teórica que considera a sociedade não apenas como stakeholder, mas sim como um shareholder não reconhecido formalmente, permitindo-se dar “visibilidade” a essa relação.
Freeman, R.E. (1984). Strategic Management: A Stakeholder Approach. Houdet, J., Ding, H., Quétier, F., Addison, P., & Deshmukh, P. (2020). Adapting double-entry bookkeeping to renewable natural capital: An application to corporate net biodiversity impact accounting and disclosure. Ecosystem Services, 45. Polasky, S., & Daily, G. (2021). An introduction to the economics of natural capital. Review of Environmental Economics and Policy, 15(1), 87–94. Schlossberger, E. (1994). A New Model of Business. Business Ethics Quarterly, 4(4), 459–474.