Resumo

Título do Artigo

Práticas de economia circular em usinas termelétricas de biomassa florestal no Brasil
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Tema

Operações sustentáveis e Economia Circular

Autores

Nome
1 - Juliana Araújo Pereira
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) - Ciências Ambientais
2 - FLÁVIO JOSÉ SIMIONI
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) - Universidade do Estado de Santa Catarina Responsável pela submissão
3 - Jeane de Almeida do Rosário
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - Engenharia Química
4 - Juliana Ferreira Soares
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) - Centro de Ciências Agroveterinárias
5 - Eduardo Bertol
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) - Centro de Ciências Agroveterinárias - UDESC

Reumo

O uso de fontes de energia renovável, tais como a biomassa florestal, configura uma das alternativas para promover modelos de crescimento circular e sistemas econômicos mais resilientes, como também reduzir a dependência de recursos finitos e não renováveis. Este estudo teve como objetivo identificar e analisar a adoção de práticas de Economia Circular (EC) em Usinas Termelétricas (UTEs) movidas a biomassa florestal no Brasil, de maneira a verificar o grau de implementação das práticas de economia circular, analisar seus impactos sociais, ambientais e econômicos, bem como identificar e analisar os fatores facilitadores e dificultadores da adoção dessas. Utilizou-se a framework ReSOLVE para avaliar a adoção de práticas de EC, atribuindo-se escores, sendo “0” para práticas inexistentes; “3,3” para práticas em implantação; “6,6” para práticas implantadas; e “10” para práticas implantadas e otimizadas. Para a coleta de dados, um questionário on line foi aplicado a uma amostra de 32 empresas, além de visitas em 4 UTEs, utilizando-se da entrevista com os gestores e observação in loco do processo de produção de energia. Os dados foram analisados empregando-se estatísticas descritivas e Análise de Componentes Principais (ACP). Os resultados indicam que as práticas de otimização são as mais disseminadas (6,7), seguido pelas práticas de regeneração (6,5), ciclagem (6,3) e mudança (6,1), enquanto as práticas de virtualização (5,4) e compartilhamento (4,0) foram as que obtiveram os menores escores médios. Os maiores motivadores para adoção das práticas de EC são a promoção da sustentabilidade e a melhoria da imagem empresarial, e um dos impactos positivos mais relevantes gerados pelas práticas é a melhoria das relações sociais das empresas com a comunidade. De acordo com os entrevistados, um grande desafio para a adoção da EC é o desamparo governamental e um dos maiores facilitadores é a possibilidade de possuir um sistema de certificação. Além de preencher uma lacuna na literatura científica sobre EC nesse setor, este estudo fornece dados e informações para tomadores de decisão no setor privado e gestores públicos interessados em promover práticas sustentáveis na indústria de energia renovável.