Resumo

Título do Artigo

ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO EMPRESARIAL: uma análise do setor elétrico brasileiro
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Tema

Comunicação, Indicadores e Modelos de Mensuração da Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Sebastião Ferreira dos Santos Neto
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB - Centro de Ciências Humanas e Exatas
2 - Isabella Christina Dantas Valentim
Universidade Federal da Paraíba UFPB - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis Responsável pela submissão

Reumo

Introdução: Atualmente, a sustentabilidade vem ganhando crescente destaque no ambiente empresarial. A implementação de práticas sustentáveis oferece múltiplos benefícios para as empresas que as adotam, sendo evidente que organizações sustentáveis conquistam maior confiança de seus stakeholders devido às suas operações éticas e responsáveis, o que fortalece sua reputação positiva e fideliza seus clientes. Objetivo da Pesquisa: Com base nisso, a pesquisa visa compreender como as empresas do setor elétrico brasileiro utilizam estratégias e informações sustentáveis no processo de tomada de decisão, para isso, o objetivo foi de examinar como as informações sustentáveis empresariais são interpretadas pelas empresas no processo de tomada de decisões. Metodologia: Quanto aos procedimentos metodológicos, a pesquisa caracteriza-se como descritiva e utiliza uma abordagem documental, analisando relatórios de sustentabilidade de oito empresas brasileiras do setor elétrico listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) de 2022. As empresas analisadas são: AES Brasil, Cemig, Copel, CPFL, EDP, Eletrobras, Engie e Neoenergia. Para analisar os dados coletados, as informações foram categorizadas em três áreas principais: ambiental, social e de governança. Análise dos Resultados: Dessa forma, observou-se que as empresas do setor elétrico brasileiro estão cada vez mais integrando informações ambientais em seus processos de tomada de decisão. Por exemplo, a AES Brasil explora o hidrogênio verde, enquanto a Cemig investiu R$40,68 milhões em políticas ambientais em 2022. Copel foca na descarbonização e revitalização de rios, e CPFL monitora tendências através de um comitê de sustentabilidade. A EDP Brasil adota princípios de economia circular, e a Eletrobras analisa riscos climáticos e adota medidas de mitigação, como precificação de carbono. Neoenergia investe em energias renováveis e estuda hidrogênio verde para decisões estratégicas. Além disso, é possível observar que as empresas integram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em suas estratégias, com foco em energia limpa e ação climática, destacando a importância da sustentabilidade no setor. As empresas também estão incorporando aspectos sociais em suas decisões. Como a AES Brasil e EDP que implementaram sistemas de gestão focados na saúde e segurança ocupacional. A Cemig possui um plano de emergência para decisões rápidas e participa ativamente na gestão da água. Copel desenvolve programas sociais alinhados à Agenda 2030 da ONU. CPFL e Neoenergia enfatizam diversidade e inclusão, promovendo igualdade de gênero e inclusão nos processos decisórios. Já a Eletrobras busca diversidade em seus órgãos de administração, e Engie usa tecnologia para melhorar a segurança no trabalho e a gestão de stakeholders. As empresas do setor elétrico brasileiro demonstram um forte compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono e a integração das práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) em suas estratégias. AES Brasil implementa sistemas de segurança e comitês de sustentabilidade. Cemig e Copel estruturaram suas governanças com comitês especializados. CPFL adota inteligência artificial para melhorar a eficácia na tomada de decisões. Eletrobras emprega comitês e sistemas para garantir conformidade e eficácia operacional. EDP enfatiza práticas ESG na orientação das decisões de investimento. A Engie avalia rigorosamente a viabilidade socioambiental dos novos investimentos, e Neoenergia promove decisões inclusivas com forte ênfase em cibersegurança e gerenciamento de riscos. Considerações finais: Assim, a pesquisa pode considerar que as empresas do setor elétrico brasileiro integram informações ambientais, sociais e de governança em suas decisões, promovendo um compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade social. No entanto, limita-se à análise de relatórios de 2022, não podendo afirmar que todas as decisões foram baseadas exclusivamente em informações sustentáveis. Recomenda-se futuras pesquisas qualitativas e quantitativas o envolvimento de análises mais profundas dos aspectos sustentáveis considerados nas decisões empresariais. Referências bibliográficas: COSTA, Rogério Santos da et al. Responsabilidade social empresarial e sustentabilidade: sobre a necessidade de acompanhamento crítico entre intenções e práticas. in: LADWIG, N. I. SCHWALM. H. (Organizadores). Planejamento e Gestão Territorial a Sustentabilidade dos Ecossistemas Urbanos. Criciúma, SC : EDIUNESC, 2018. 580p. ELKINGTON, John; ROWLANDS, Ian H. Cannibals with forks: The triple bottom line of 21st century business. Alternative Journal, v. 25, 1999. MONTABON, Frank; SROUFE, Robert; NARASIMHAN, Ram. An examination of corporate reporting, environmental management practices and firm performance. Journal of operations management, v. 25, n. 5, p. 998-1014, 2007. PORTER, Michael E.; KRAMER, Mark R. Creating shared value. Harvard Business Review, v. 89, p. 62-77, 2011.