Resumo

Título do Artigo

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE AERAÇÃO EM COMPOSTEIRAS DOMÉSTICAS NO BRASIL: UM ESTUDO DE CASO
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Jacqueline Rogéria Bringhenti
- Responsável pela submissão
2 - Emilly Victória Silva e Sousa
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Ifes - IFES Campus Vitória
3 - Katia Broeto Miller
- Departamento de Desenho Industrial

Reumo

Apesar da compostagem doméstica ser reconhecida como uma forma eficaz de tratar os resíduos orgânicos (RO) no próprio local de geração, a sua aceitação global ainda é baixa, uma vez que tal rotina demanda tempo e dedicação do usuário e eventuais falhas podem resultar em problemas como odores e levar a descontinuidades no seu uso. Como parte do desenvolvimento de um protótipo de composteira adaptado às necessidades dos ambientes domésticos e institucionais, no presente estudo as soluções de aeração e ventilação usadas em composteiras testadas em pesquisas científicas foram levantadas e comparadas. Como estratégia metodológica para identificar soluções adotadas para resolução de problemas de aeração na prática da compostagem com uso composteiras domésticas no Brasil, foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) com foco nos aspectos físicos e operacionais. A pesquisa foi conduzida com auxílio do software StArt, que possibilitou um processo de triagem para a classificação dos resultados obtidos durante a RSL, levando em conta critérios para inclusão ou exclusão. Os dados obtidos sobre soluções para ventilação e aeração em composteiras domésticas foram categorizados e sumarizados considerando os parâmetros estabelecidos relacionados a características físicas e operacionais, com a finalidade de facilitar a visualização, a comparação e a proposição de melhorias nas soluções utilizadas para aeração em composteiras com base nos exemplos estudados. Foram selecionados 70 estudos, 48 foram rejeitados após leitura dos resumos e 8 eram duplicatas, restando 14 que foram lidos na íntegra para coleta de informações e avaliação mais criteriosa quanto à inclusão. Quanto às 22 soluções de compostagem testadas nos experimentos relatados nos artigos, nove consideraram aspectos de aeração, duas de ventilação e 11 avaliaram as duas possibilidades. Já em relação ao tipo de aeração utilizado, 12 possuíam aeração passiva e 10 possuíam aeração ativa, sendo que nenhuma utilizava acelerador de compostagem. Em termos de rotina operacional das composteiras avaliadas constatou-se que a maioria dos 22 sistemas, 18 no total incluíam a rotina do revolvimento manual em sua operação (ativa), sendo que 3 eram dotadas de sistema de manivela, uma usava hélice e uma era dotado de sistema de aquecimento (térmico). Soluções de compostagem com aeração passiva que podem trazer comodidade aos usuários no uso da técnica no dia a dia, como é o caso do uso de minhocas (vermicompostagem) e de componentes que facilitem a entrada de oxigênio (ventilação), também estavam representados em três dos sistemas avaliados pelos pesquisadores. Assim, o estudo evidenciou que a otimização das funcionalidades das composteiras domésticas, relacionadas a sua aeração e ventilação, ainda é pouco explorada no Brasil, sendo importante a realização de novos estudos para embasar o desenvolvimento de equipamentos mais compatíveis com as expectativas e necessidades dos usuários brasileiros e que possam ajudar na disseminação desta prática sustentável. A compostagem dos RO no próprio local de geração deveria ser mais encorajada na forma políticas públicas setoriais de modo a educar, motivar e engajar as pessoas e a sociedade no processo, sendo essencial ainda para o alcance das metas de sustentabilidade traçadas neste início de século, como é o caso dos ODS.