Reumo
A construção civil brasileira, crucial para a economia, cresceu significativamente em 2021 e 2022, superando a média nacional e mantendo-se robusta mesmo durante e após a pandemia de COVID-19. Contudo, pequenos construtores enfrentam desafios severos devido ao aumento dos preços e à escassez de materiais essenciais como aço, tijolo e cimento, com aumentos de 114% a 205% nos últimos anos, muito superiores à inflação geral. Essa situação é exacerbada pela concentração de mercado em poucos fornecedores, criando oligopólios que dominam a oferta e dificultam a negociação para pequenos empreendedores. Para mitigar esses problemas, recomenda-se que pequenos construtores formem cooperativas. Essa estratégia pode melhorar o poder de barganha, reduzir custos por meio de economias de escala, e facilitar o acesso a recursos e conhecimento. Cooperativas também podem proporcionar maior influência e representação, ajudando a enfrentar os desafios impostos pelos oligopólios e criando um ambiente mais competitivo e sustentável. O papel das ONGs na facilitação dessas cooperativas e na mudança de políticas públicas pode também ser crucial para melhorar as condições de mercado e apoiar a sobrevivência das pequenas empresas na construção civil.