Reumo
As Instituições de Ensino Superior (IES) ocupam um importante papel como agentes promotoras de inovações para sustentabilidade, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pactuados no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, a serem alcançados até 2030. No contexto brasileiro, o Selo ODS Educação emerge como uma certificação voltada para o reconhecimento e o estímulo de IES a participarem na territorialização dos objetivos e das metas estabelecidas globalmente na Agenda 2030. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar a participação das Instituições de Ensino Superior brasileiras no Selo ODS Educação, a partir do ano de sua criação, em 2022. Para tal, a metodologia adotada envolveu pesquisa bibliográfica sobre Agenda 2030, sustentabilidade e inovação no contexto das instituições de ensino superior. E ainda, pesquisa documental baseada nos relatórios de certificação do Selo ODS Educação, no período entre 2022 e 2023, além de uma projeção de resultados a partir de dados preliminares disponíveis sobre a edição de 2024. Os resultados obtidos revelaram um aumento significativo nas inscrições de IES da primeira para a segunda edição do Selo ODS Educação, além de indicar o dobro do número de inscritos novamente em 2024, o que reflete a expansão do programa e a crescente aceitação de sua relevância no contexto acadêmico. Com relação ao engajamento das iniciativas voltadas aos ODS, observou-se um destaque em áreas como educação, inclusão, consumo responsável e parcerias para a implementação. Considerando o expressivo crescimento da participação das IES no Selo ODS Educação, o relevante papel dessa certificação pode representar um instrumento de legitimação dos esforços das instituições, visando posicioná-las como líderes no cumprimento dos ODS. Assim, a potencialização da divulgação de boas práticas pode continuar estimulando a participação de instituições, consolidando o Selo ODS Educação como um motivador para que mais IES se alinhem às metas da Agenda 2030. Isso porque, ao participarem voluntariamente deste tipo de avaliação externa, as instituições refletem sobre a conformidade de sua gestão com a Agenda 2030, reforçando o seu compromisso com práticas sustentáveis, inovadoras e com a promoção de impactos socioambientais positivos.