Resumo

Título do Artigo

Dispositivos de descarte das primeiras águas de chuva: uma revisão sistemática e um estudo de caso
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Tema

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Autores

Nome
1 - Amanda Gama Magnago
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes Responsável pela submissão
2 - Mariângela Dutra de Oliveira
-

Reumo

O crescente consumo de água é um fenômeno global que tem despertado preocupação nos últimos anos, e fatores como o crescimento populacional, e mudanças climáticas são os principais desafios na conservação dos recursos hídricos. Por isso, é crucial adotar medidas para uma gestão sustentável da água. Uma estratégia promissora é o uso de fontes alternativas como a água da chuva, por meio da captura e armazenamento da água que cai, em reservatórios ou cisternas para posterior aproveitamento para uma variedade de usos não potáveis. Pensando na necessidade de uma proteção sanitária nesse aproveitamento, que é responsáveis por carregar impurezas das superfícies de captação e que podem comprometer a qualidade da água armazenada e a saúde humana, desenvolve-se o dispositivo de descarte das primeiras águas. Dessa forma, esse trabalho realizou uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) sobre o dimensionamento e geometria dos dispositivos, comparou os tipos de dispositivos encontrados, analisou a sua eficiência e os parâmetros de dimensionamento. Com base nestes dados foi avaliada a aplicabilidade de dois tipos no protótipo existente no Ifes Campus Vitória sendo realizado o levantamento de custo de implantação. A partir dessa revisão de literatura elaborou-se quadros e gráficos para melhor interpretação dos resultados. Foram identificados dispositivos do tipo garrafas sequenciadas (DGS), tubulações verticais (TV), tanques de reserva (TR). Após a análise de cada tipo de dispositivo concluiu-se que eles se mostraram eficientes para retenção de impurezas na água coletada e que a geometria de tubulações verticais são as mais utilizadas. Foram encontrados dispositivos do tipo TV de uma tubulação com diâmetros variando de 75 a 200mm e os dispositivos de tubulações sequenciadas sempre utilizando diâmetro de 100mm. A precipitação utilizada no cálculo dos dispositivos foi, na maioria dos casos, inferior ao recomendo pela NBR 15.527/2019. Para o protótipo do Ifes campus Vitória, foi proposto a utilização de tubulações sequenciadas, tendo como referência o modelo DesviUFPE, e o modelo de tanque de reserva. Feita a estimativa de custos para os dois tipos de dispositivo, variando a precipitação, observou-se que quanto maior a precipitação utilizada no descarte, mais caro fica o dispositivo. O dispositivo de tubulações sequenciadas apresentou custos mais elevado que as bombonas de reservação, contudo, é uma opção interessante por sua estrutura compacta. Diante do exposto, se espera que o desenvolvimento desse trabalho contribua para estudos futuros e, concomitantemente, para melhorias no protótipo existente no Ifes.