Reumo
O Presente trabalho tem como objetivo apresentar o processo de musealização de acervos da história da contabilidade na cidade de São Paulo. Tendo como pergunta inicial, qual o caminho dos acervos e histórias institucionalizadas das empresas privadas do ramo de contabilidade. Com o estudo de caso do acervo contido na bdo rcs brasil, uma empresa de auditoria e contabilidade que faz parte de uma rede espalhada pelo mundo inteiro. Este estudo de caso tem como objetivo contar a história de criação do museu, mas, compreender o caminho dos objetos que contam as histórias e fazem parte da trajetória desses profissionais na empresa. Compreendendo o conceito de musealização, colecionismo, memoria do poder e poder da memória dentro das relações institucionais desses sujeitos, enquanto indivíduos, que em sua maioria tem uma vida financeira, relativamente resolvida. Trabalhos, seguros e ao mesmo tempo guardam seus processos e prêmios, materiais que ganham ao longo do tempo. Mas, logo com o tempo separam aquilo que julgam o que é digo como “histórico” ou importante e o que não é. A depender de espaço ou tempo que ficam. Por vezes os profissionais esquecem, e só vão mexer no material ao longo do tempo para organizar.
Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada apresentará um estudo de caso em específico que apresentará como um museu corporativo, que é oriundo de uma coleção particular inicialmente, posteriormente é complementado por acervos dos funcionários. Ao longo do ano. Que posteriormente, levantou o debate da preservação de acervos das profissões.
BDO
Nesse sentido a bdo brasil, possui u 1700 funcionários e pelo menos 110 funcionários que possuem mais de 15 anos de empresa. Ao mesmo tempo que é maior parte deles já possui pelo menos 30 ou mais anos de carreira e prêmios, documento e troféus guardados, seja em suas salas ou em espaços específicos de suas casas.
Ou seja, estamos falando aqui de pessoas que possuem um acervo, embora não considerem assim que conte parte da sua carreira e de sua história. Nesse meio tempo esse Museólogo que escreve conheceu a empresa e começou a trabalhar um acervo que havia na bdo brasil. Um trabalho que inicia em 1984 quando Raul começa a trabalhar com contabilidade, na verdade começa antes. Pois, ele coleciona coisas em específico de sua história escolar e coisas pessoais, Além de incorporar o acervo de outras empresas, como por exemplo a biblioteca da tufani, reis e soares
Até 2007 quando entra uma jornalista Priscila Balbino para organizar o acervo pessoal do Raul. Mas, acaba começando a organizar em 2008 organizar o acervo institucional para uso interno e de pesquisa. Conflitando com suas outras atividades
No ano de 2020 é contratado um museólogo, para ficar com essa parte que cria uma reserva técnica separando os materiais. ao mesmo tempo que ele começa a pensar um banco de dados e um museu e fica somente responsável por isso.
Até o ano de 2023 que se inaugura o Museu da BDO RCS, que inaugurou no ano de 5 de setembro de 2023 e até a data de ano 05/09/2024 recebeu por volta de 1.500 visitantes, 399 que assinaram o livro de visitantes. Cerca de 30 funcionários que doaram acervos.
Discussão
O Processo de criação de museu, inicialmente parte de um proposito pessoal inicialmente. Posteriormente, o próprio fundador consegue ver uma utilização prática no dia a dia da instituição. Posteriormente a inauguração do museu, os funcionários da equipe começaram a doar materiais e visitar.
Nesse sentido o debate em torno do processo de representação tanto das profissões quanto dos profissionais. Entra dentro de uma lógica em torno do marketing institucional. Que acaba entrando dentro de uma relação de museu que é criado para legitimar uma narrativa institucional e acaba sendo outros espaços. Então, nesse sentido o processo de gestão desses acervos que está sendo divulgado posteriormente, vai se juntando e criando o acervo. Mas, nesse caso a pergunta norteadora da apresentação é sobre a ética profissional da museologia e sobre a ética de pesquisa, que se encontra em relação ao uso equitativo das memórias, incentivando o profissional a usar. Mas, sempre levando em conta a relação trabalhista e usos de forças e poderes institucionais.
Como o museu os processos de pesquisa podem ajudam na melhoria dos profissionais, ao mesmo tempo da divulgação institucional. Bem como ser um repositório de informações e acervos que tratam da divulgação do trabalho, e da área. Nesse sentido. Como a pesquisa que levou a criação do museu, e como a pesquisa realizada nesse acervo, servirá como fonte para pesquisas com o máximo de neutralidade. Ao mesmo tempo as pesquisas internas como elas podem funcionar enquanto pesquisas adequadas para a história das pessoas.
A estrutura institucional deve estar preparada para servir como preservação do material para os próximos anos. Bem como divulgação da história.
Considerações finais
Os processos de preservações institucionais corporativos estão no limite de divulgação da marca. Bem, como arcam com a responsabilidade de preservar a história, bem como o processo de musealização que tenta fazer um processo de preservação e confiabilidade da informação e uso para pesquisas.
Nesse sentido estamos buscando observar em outras instituições empresariais, como esse processo de relação de pesquisa e sua ética. Podem ocorrer.