Resumo

Título do Artigo

ELEMENTOS DE INOVAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA CAFEICULTURA INDÍGENA NA AMAZÔNIA
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Tema

Estudos da amazônia

Autores

Nome
1 - THELMA JAKLINY MARTINS ARRUDA
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - Responsável pela submissão
2 - Flávio de São Pedro Filho
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Programa de Pós Graduação Mestrado em Administração
3 - SAIANE BARROS DE SOUZA
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA -
4 - Raul Afonso Pommer Barbosa
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA -
5 - Rwrsilany Silva
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Universidade Federal de Rondônia

Reumo

A escassez de estudos sobre práticas de inovação por povos indígenas direcionou a presente pesquisa. O contato com a civilização trouxe consigo a modificação do modo de vida desses povos, os processos de modernização ocorridos trouxeram a exploração de novas ideias, a inovação permitiu a adoção de melhores práticas para a cafeicultura permitindo gerar resultados bem-sucedidos e essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas, melhorando a produtividade e a redução de custos, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável como forma de sobrevivência dessas populações.
A Terra Indígena está localizada na região conhecida como “Arco do desmatamento”, após a denúncia de invasão pelos indígenas ocorreu a retomada da posse da terra, onde iniciou-se a atividade de cafeicultura. Contudo, quais elementos de inovação possibilitam o desenvolvimento sustentável da atividade em uma reserva indígena na Amazônia Legal brasileira? Assim, o objetivo é compreender os principais elementos de inovação que proporcionam o desenvolvimento sustentável das práticas agrícolas e que minimizam os impactos ambientais nessa área já impactada pelos desmatamentos.
A Teoria Institucional usada como suporte para analisar as práticas adotadas na reserva indígena, onde as entidades são criadas para estruturar e regular interações políticas, econômicas e sociais, ou seja, são as “regras do jogo”. A Teoria do Desenvolvimento Econômico para abordar os processos de mudanças, ocorridos por meio de inovações com uso de novas combinações de recursos, pessoas, ideias, conhecimento e / ou tecnologias, abrangendo os aspectos ambiental, econômico e social, de forma a conduzir a interpretação do cenário de desenvolvimento sustentável ora requerido.
A pesquisa de natureza qualitativa, de caráter descritivo - exploratória, a estratégia adotada foi o estudo de caso. Como procedimento de coleta de dados, foi realizado o levantamento bibliográfico e documental (manuais, projetos e relatórios), e posterior aplicação de entrevistas semiestruturadas com os atores da tribo indígena. Os sujeitos da entrevista foram selecionados de forma intencional considerando o objetivo da pesquisa. Foram elaboradas as dimensões e categorias a serem observadas e analisadas na entrevista e documentos para posterior processo de triangulação dos resultados.
A cafeicultura é realizada com base no Triple Bottom Line, são adotadas as melhores práticas de gestão para o desenvolvimento sustentável na área indígena. Aprimoram-se qualitativamente com inovação, usando tecnologias e aperfeiçoam suas relações sociais e comerciais com instituições capazes de potencializar a produção de café sob a perspectiva de crescimento e possível consolidação da exportação. Outrossim, o uso da tecnologia permitiu melhorar a comunicação, monitorar as ameaças à floresta e divulgar o plano de gestão das riquezas naturais e preservação da cultura
Por fim, aquela visão deturpada de que índio vive da caça e da pesca, e andam seminus, já não faz mais parte da realidade dos povos Suruís, que mostram para a sociedade que é possível conviver em meio a natureza, preservando-a, e ao mesmo tempo fazer uso de tecnologias, além de aumentar a produtividade e renda da comunidade, visando o bem – estar e a perpetuação da sua espécie e das demais espécies presentes no ecossistema que fazem parte. Mostrando que é possível inovar com eficiência em termos econômicos e com responsabilidade social e ambiental
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