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O PAPEL DO GESTOR EM RELAÇÃO AO ALCOOLISMO NAS ATIVIDADES LABORAIS EM EMPRESAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
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Autores

Nome
1 - Cintia Sonale Rebonatto
Faculdade Meridional - Universidade de Passo Fundo - upf Responsável pela submissão
2 - Jaqueline Garcia Fisch
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3 - Carlos Costa
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Reumo

Cerca de 347.611 trabalhadores brasileiros foram afastados de suas atividades profissionais devido ao consumo de álcool e de outras drogas no período de 2006 a 2014 (SESI, 2016). No contexto laboral, ao alcoolismo são atribuídas, ainda, a queda de produtividade, a sobrecarga do sistema de saúde e a diminuição da qualidade de vida do trabalhador. Fazem parte dessa realidade, as empresas da construção civil com alto índice de consumo de álcool e alcoolismo, justificando a preocupação de seus gestores no enfrentamento dessa problemática.
Tendo em vista os malefícios ocasionados pelo álcool no âmbito profissional, bem como as especificidades da área da construção civil e as necessidades de uma gestão capaz de minorá-las, este estudo teve por objetivo verificar como os gestores atuam diante de contextos organizacionais em que há colaboradores alcoolistas. Isso, a partir da identificação das consequências trazidas pelo alcoolismo à organização, tendo como foco o ramo da construção civil no município de Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul (RS).
Profissões específicas inferem sobre os índices de alcoolismo, dentre essas, as relacionadas à construção civil, ambiente caracterizado pela população masculina e pelo grau de risco para acidentes (COELHO; COSTA, 2016). Ações relacionadas à saúde dos trabalhadores realizadas por empresas são relevantes, pois esse ambiente representa um locus social importante para a sociedade. Sendo um lugar propício à prevenção do alcoolismo, evidencia-se o papel social que os gestores podem exercer na prática de programas de prevenção e no atendimento aos trabalhadores alcoolistas.
Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, foi realizado com o objetivo de verificar de que maneira atuam os gestores do ramo da construção civil do município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, frente aos colaboradores alcoolistas. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário com 36 questões, aplicado a uma amostra de 50 gestores. Os dados obtidos foram submetidos a análises estatísticas descritivas e inferenciais.
A pesquisa revelou que 94% dos gestores concordam ter havido casos de alcoolismo em tais organizações. Quanto às medidas preventivas, 86% das empresas não as praticam e 50% afirmam que o tema alcoolismo não é abordado em treinamentos. Os gestores, em sua maioria (64%), concordam que o alcoolismo deve ser visto como doença, entretanto, não se sentem responsáveis pela detecção do alcoolismo nos funcionários (50%). A demissão não deve ser ação imediata segundo 56% dos gestores, sendo que 48% deles concordam que o ambiente laboral é um fator influenciador ao uso de bebidas alcoólicas.
A pesquisa demonstrou que há um elevado grau de prevalência de trabalhadores alcoolistas nas empresas participantes. Evidenciou, ainda, que as empresas e os gestores têm consciência sobre o assunto, os reflexos e o papel da organização. Porém, não possuem uma estrutura para tratar do fenômeno preventiva e corretivamente, denotando a necessidade e premência da discussão do tema alcoolismo.
COELHO, E.; COSTA, C. Consumo de álcool e seus reflexos na atividade laboral: como as organizações enfrentam o problema. In: X Mostra de Iniciação Científica e Extensão Comunitária e IX Mostra de Pesquisa de Pós-Graduação, 2016, Passo Fundo. Anais... Passo Fundo: IMED, 2016. SESI. Prevenção ao uso de álcool e outras drogas: Observatório de Indicadores de Desenvolvimento – SESI/PR. 2016. Disponível em: < http://relatoriosdinamicos.com.br>. Acesso em: 4 ago.. 2018.