Resumo

Título do Artigo

CUSTOS AMBIENTAIS NA PRODUÇÃO DE ARROZ IRRIGADO NO PANTANAL SUL-MATO-GROSSENSE
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Tema

Sustentabilidade na economia e na contabilidade

Autores

Nome
1 - Keila Prates Rolão
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Responsável pela submissão
2 - Renato de Oliveira Rosa
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) -
3 - LEONARDO FRANCISCO FIGUEIREDO NETO
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Reumo

As organizações modernas devido estar inseridas no cenário global e competitivo apontam que a lucratividade compreende uma variedade de interesses sociais, ambientais e governamentais, com finalidade de atender os preceitos da sustentabilidade (LEITE, 2009).No entanto, os desembolsos em controles ambientais devem ser vistos como um investimento em longo prazo, como uma garantia de sobrevivência do negócio da empresa e contribuição para um planeta melhor.
Diante do exposto, surge como proposta de pesquisa analisar, por meio de um estudo de caso, os custos ambientais na produção de arroz irrigado. A rizicultura (lavoura de arroz) pesquisada situa-se no município de Miranda/Mato Grosso do Sul, mais precisamente no pantanal. Sendo assim, questiona-se: Quais os custos ambientais na produção de arroz irrigado no pantanal sul-mato-grossense? Este estudo tem como finalidade mesurar os custos ambientais na produção de arroz irrigado numa propriedade localizada no município de Miranda – MS.
Enfatiza Carvalho (2006), que os custos ambientais englobam todos os gastos intimamente relacionados diretamente ou indiretamente com a proteção do meio ambiente em função de sua vida útil, tais como: Amortização, exaustão e depreciação; Aquisição de insumos para controle, redução ou eliminação de poluentes; Tratamento de resíduos de produtos; Tratamento de recuperação e restauração de áreas contaminadas; Tratamento de recuperação e restauração de áreas contaminadas.
Para tabulação e mensuração dos custos contábeis, realizou-se uma combinação entre os diversos sistemas, como o custo Padrão/Centro de Custos para os custos diretos, ABC para os custos indiretos. De acordo com Moura (2000), foram segredados os custos ambientais de controle (prevenção e avaliação) e da falta de controle ambiental (falhas internas, falhas externas e intangiveis).
Os custos ambientais na safra 2017/2018, pelo método de custeio padrão e ABC, no entanto os custos de prevenção totalizaram-se em 91.900,00; já os custos de avaliação R$ 132.300,00; somando-se os Custos Ambientais de Controle R$224.200,00; E os Custos Ambientais de Falta de Controle, resultantes da soma dos Custos de Falhas Internas R$ 206.500,00 e Custos de Falhas Externas R$ 1.224.000,00, configurando-se em R$ 1.430.500,00. Portanto, os custos ambientais na produção de arroz irrigado na propriedade rural analisada totalizaram-se em R$ 1.654.700,00.
A contribuição deste presente trabalho é demonstrar um modelo prático de aplicabilidade da teoria com a prática e assessorar na determinação de metas a curto e em longo prazo, no que tange aos produtores de arroz irrigado, para fins de cálculos de custos ambientais desde a implantação até prosseguir com o negócio. Sugere-se para pesquisas futuras, a análise de custos ambientais empregando outras técnicas de custeio, e ainda, em outros âmbitos do agronegócio, pois cada negócio apresenta particularidades distintas.
Dogliotti, S., Rodríguez, D., L_opez-Ridaura, S., Tittonell, P., Rossing, W.A.H., 2014. Designing sustainable agricultural production systems for a changing world: methods and applications. Des. Sustain. Agric. Prod. Syst. Chang. World Methods Appl. 126, 1e2. https://doi.org/10.1016/j.agsy.2014.02.003. Ferreira, A. C. S. (2011) Contabilidade ambiental: uma informação para o desenvolvimento sustentável. 3. ed. São Paulo: Atlas.