Resumo

Título do Artigo

EVIDENCIAÇÃO E ADERÊNCIA DOS INDICADORES AMBIENTAIS DAS EMPRESAS DE UTILIDADE PÚBLICA LISTADAS NA B3
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Tema

Indicadores e modelos de mensuração da sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Kary Raylane Silvestre da Silva
Universidade Federal do Ceará - UFC -
2 - Jackeline Lucas Souza
Universidade Federal do Ceará - Responsável pela submissão
3 - Liliane Maria Ramalho de Castro e Silva
Universidade Federal do Ceará - Universidade Federal do Ceará - UFC
4 - Nirleide Saraiva Coelho e Cavalcante
Universidade Federal do Ceará - UFC -

Reumo

Com a crescente discussão sobre o desenvolvimento sustentável, empresas passaram a alinhar suas estratégias econômicas às causas ambientais (LINS; ZYLBERSZTAJN, 2010). Segundo Kolk (2004) tem crescido o número de empresas que divulgam informações sobre suas políticas de sustentabilidade e que têm evidenciado práticas de preservação e recuperação do meio ambiente pela elaboração de relatórios de sustentabilidade (GAPARINO; RIBEIRO, 2007; LEITE FILHO; PRATES; GUIMARÃES, 2009), sendo o modelo do Global Reporting Initiative (GRI) o mais completo
Qual o nível de evidenciação e aderência dos indicadores ambientais das empresas de utilidade pública listadas na B3? Objetivo geral analisar o nível de evidenciação e aderência dos indicadores ambientais das empresas de utilidade pública listadas na B3, do exercício de 2016.
Segundo Bellen (2002), pela necessidade de se desenvolver ferramentas que possam mensurar a sustentabilidade os sistemas de indicadores são instrumentos essenciais à ação e ao acompanhamento do desenvolvimento sustentável. Castro, Siqueira e Macedo (2010); Travassos et al. (2014) analisaram o Grau de Aderência Plena aos Indicadores Essenciais da GRI (GAPIE-GRI), bem como o Grau de Evidenciação Efetiva (GEE) dos relatórios de sustentabilidade de oito empresas pertencentes à América Latina apontando que as empresas do setor de energia e petróleo foram os segmentos de maior evidenciação.
Levantar as características dos indicadores ambientais, segundo as diretrizes da GRI, divulgados em 46 empresas de utilidade pública listadas na B3, dos setores de água e saneamento, energia elétrica e gás. Utilizou-se estatística descritiva (programa SPSS v.22) nos dados obtidos dos Graus de Aderência Plena e Evidenciação Efetiva, em 34 indicadores GRI-G4, sendo atribuído o valor “1” para cada indicador e “0” para cada ausência de indicador. Após esta análise, aplicou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis verificando que não existe diferença significativa entre as empresas.
Nos setores de utilidade pública a energia elétrica apontou maior nível de evidenciação (mais de 60%), água/saneamento e gás com a evidenciação mínima de 50%. Um dos fatores identificados como influenciadores do alto nível de evidenciação são as normas definidas pelos órgãos reguladores, como obrigatórias. Observou-se no teste de médias que não há diferença significativa entre os setores, que o Grau de Aderência Plena mostra conformidade entre as informações sustentáveis e que o Grau de Evidenciação Efetiva mostra 50,00% nível médio de evidenciação efetiva.
Primeiramente, foram identificadas as características dos indicadores ambientais divulgados pelas empresas de utilidade pública, observando que os mais evidenciados pertencem às categorias de energia (EN3), água (EN8) e biodiversidade (EN11 e EN13). Posteriormente, foi comparada a evidenciação das categorias dos indicadores ambientais entre as empresas analisadas, resultando na não diferença significativa entre as empresas dos setores de utilidade pública. Os demais estudos anteriores não apontaram evidências nos segmentos de utilidade pública.
BELLEN, H. M. Indicadores de Sustentabilidade: Uma análise comparativa. Santa Catarina, 2002. XVII, 235p. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 2002. TRAVASSOS, S. K. M.; COSTA, J. I. F.; SILVA, W. E.; ARAUJO, M. L. Uso dos indicadores essenciais da GRI nos relatórios das empresas dos setores de Petróleo, Gás e Biocombustível e de Utilidade Pública no Brasil. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade – GeAS, vol. 3, n. 2. mai./ago. 2014.