Resumo

Título do Artigo

GRI: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS PERCEPÇÕES DE RELEVÂNCIA DOS INDICADORES ESSENCIAIS AMBIENTAIS PELAS ONGS FLUMINENSES EM RELAÇÃO AOS MODELOS G2 E G3
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Tema

Reporte e comunicação da sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Vinícius Fasuolo Trancoso
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Responsável pela submissão
2 - JOSÉ RICARDO MAIA DE SIQUEIRA
Universidade Federal Fluminense (UFF) -
3 - Monica Zaidan Gomes
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Faculdade de Administração e Ciências Contábeis

Reumo

O reconhecimento da finitude dos recursos naturais e da responsabilidade coletiva pela vida sobre o planeta, tem estimulado acadêmicos e praticantes a refletirem sobre a questão da responsabilidade socioambiental das organizações. É necessário que se efetue um acompanhamento ambiental das organizações que dominam a esfera econômica ao redor do planeta, pois é preciso saber se o sucesso econômico vem sendo conseguido sob a égide do desenvolvimento sustentável ou sob forte revés ecológico. Dentre os modelos de relatórios de sustentabilidade se destaca aquele proposto pela GRI.
O modelo GRI vem se transformando sob uma propalada ideia de evolução, contudo, é sabido também que há fortes interesses relacionados ao desenho dos indicadores ambientais, já que externalidades negativas apontadas pelos mesmos podem impactar negativamente o valor das ações. Portanto, faz-se necessário entender a percepção dos usuários em relação às mudanças incorporadas ao modelo. Dito isto, o trabalho tem por objetivo captar a percepção de relevância por parte das ONGs fluminenses quanto aos indicadores ambientais da terceira geração do modelo GRI em relação aos reportados na segunda geração
Visando assegurar a qualidade das informações relatadas, para que os stakeholders possam avaliá-las de forma consistente e justa para tomarem as medidas adequadas, a GRI (2006) destaca seis princípios norteadores na elaboração do relatório de sustentabilidade: equilíbrio, comparabilidade, exatidão, periodicidade, clareza e confiabilidade. Se levadas em consideração sua aceitação e abrangência, o modelo tem sido muito bem aceito desde o seu início. Apesar das vantagens relacionadas ao modelo GRI, diversas pesquisas vêm reportando problemas na evidenciação dos indicadores sugeridos pela GRI.
Foi preparada uma lista (ABONG/Ministério da Justiça) com 105 ONGs atuantes no estado do Rio de Janeiro. Foi enviado por e-mail um questionário preparado em conformidade com as diretrizes adotadas na pesquisa de Esteves (2009) sobre o modelo G2. Posteriormente foram realizados contatos telefônicos e visitas in loco para a finalização da coleta de dados. Estes foram submetidos a uma comparação de resultados com o estudo de Esteves (2009), através do teste Qui-quadrado de aderência de frequências, para verificar se as distribuições se assemelham para cada um dos indicadores em ambos os estudos.
Dos 17 indicadores ambientais essenciais do modelo GRI (G3), sete deles, ou seja, mais de 40% são considerados na classificação máxima da pesquisa por dois terços dos respondentes. Em relação à análise comparativa com os indicadores da geração anterior, percebe-se que houve convergência dos resultados em nove dos indicadores (EN2;EN3;EN8;EN16;EN21;EN22;EN23;EN26;EN27). Ao se analisar a classificação “Muito Relevante” para os casos de rejeição da hipótese nula, constata-se que para os indicadores EN11, EN12, EN17 e EN20 houve evolução e para os indicadores EN1, EN4 e EN28 houve involução.
Com base nos achados desta pesquisa, conclui-se que as Organizações Não Governamentais do Estado do Rio de Janeiro, enquanto uma parcela da sociedade interessada nos impactos causados pelas empresas em seu meio de atuação, consideraram os indicadores ambientais essenciais, propostos pelo modelo GRI, como relevantes e com uma ligeira sinalização em relação a uma evolução qualitativa da terceira geração quando comparada com a segunda geração.
ESTEVES, F. V. P. M. Global Reporting Initiative: Uma análise da percepção da relevância dos indicadores essenciais ambientais por organizações não governamentais (ONGs) atuantes na área do meio ambiente. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis). Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. 111 p. GRI - Global Reporting Initiative. Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade – Versão 3.0, 2006. 2006. Disponível em . Acesso em outubro de 2013.