Resumo

O movimento ambientalista emerge da percepção sobre a degradação ambiental em consequência da negligência das autoridades. Na agenda de discussão, o governo brasileiro começa a desenvolver políticas voltadas para a questão, culminando com a elaboração da Agenda 21 brasileira, que tem por finalidade apontar as formas do desenvolvimento sustentável no país (Castro e Araújo, 2004). Com isso, Iniciativas como a do Grupo ECOS, começam a se desenvolver objetivando auxiliar na mitigação desses problemas.

Busca-se conhecer a atuação do poder público mediante análise das ações de sustentabilidade das Instituições participantes do Grupo Ecos de Pernambuco. Complementarmente, vislumbra-se discutir a importância das ações socioambientais institucionais como ferramentas de estruturação da gestão da sustentabilidade no âmbito público, com vistas ao cumprimento da responsabilidade corporativa e da determinação legal, a partir do Grupo Ecos de Pernambuco, como elemento aglutinador de boas práticas ambientais, verificando a possibilidade da replicação de suas ações.

Há iniciativas pró sustentabilidade no Setor Público, mesmo que em pequena escala, (SILVA et al., 2017). Nesse tocante, destaca-se uma experiência regional formada por um grupo diversificado, O Comitê ou Grupo Ecos de Pernambuco. Ele finalizou em 2015 seu planejamento estratégico (MELO et al., 2016), e nele contemplou seis temas: eficiência energética, resíduos sólidos, construções sustentáveis, compras sustentáveis, responsabilidade socioambiental e gestão sustentável dos recursos hídricos; discutidos sob a égide de quatro eixos: pesquisa, gestão interna, educação e visibilidade externa.

Pode-se categorizar esse trabalho como exploratório descritivo pois buscou conhecer, analisar e explicar contribuições sobre determinado assunto, tema ou problema (VERGARA, 2006). Já a metodologia utilizada para desenvolver o estudo foi de caráter qualitativa e quantitativa na qual, segundo Fonseca (2002) “a utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente”.

O grupo Ecos, no início de suas atividades, realizou palestras e cases de sucesso. Foram organizadas oficinas com o objetivo de discutir sustentabilidade e desenvolver propostas factíveis de implementação. Subsidiariamente ocorreram em maio de 2017 a celebração de cooperação técnica entre UFRPE e TCEPE (Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o TC); em junho de 2017, a 9ª semana do meio ambiente do TJPE e a oficina de horta doméstica. Além disso, as reuniões do comitê continuam a ocorrer no intuito de ampliar as ações do grupo para viabilizar o plano de ação estabelecido em seu planejamento.

O Ecos visa promover a Responsabilidade Socioambiental nas instituições partícipes, contribuindo para o alcance da sustentabilidade conforme define sua missão, e pretende ser reconhecido por suas ações de Responsabilidade Socioambiental como uma experiência interinstitucional exitosa nas organizações públicas. Diante desse contexto, é possível observar que existem iniciativas públicas factíveis que endossam, em diversos aspectos, ramificações da sustentabilidade. Tais iniciativas denotam potencial de replicabilidade em outras organizações, sob condições similares.

CASTRO, Araújo Breno; ARAÚJO, A. D. de M. Gestão dos resíduos sólidos sob a ótica da Agenda 21: um estudo de caso em uma cidade nordestina. Revista de Administração Pública, RAP, Rio de Janeiro, v38(4), p 561-586, 2004. SILVA, R. G., MELLO, D. P., MELO, M.B.C., ALVES, L. S., EL-DEIR, S. G.. Analysis of Circular Economy in the administrative-managerial programs of sustainability in the Public Sector. In: International workshop advances in cleaner production, VI, 2017, São Paulo.