Resumo

Título do Artigo

Economia Compartilhada e Seus Impactos na Cadeia de Suprimentos
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Tema

Operações sustentáveis

Autores

Nome
1 - Laís Moltene Maia
Fundação Getúlio Vargas - FGV - Responsável pela submissão

Reumo

Devido ao sucesso das plataformas Uber e Airbnb o conceito de economia compartilhada passou a ser amplamente discutido por acadêmicos e profissionais nos últimos anos (Cheng, 2016; Kumar, Lahiri e Dogan, 2018). Tais plataformas mudaram substancialmente a percepção de consumo de bens e serviços nos últimos anos. A economia compartilhada é ainda mais relevante considerando o contexto do crescimento populacional e aumento da densidade demográfica nas cidades (Cohen e Kietzmann, 2014). Este novo modelo de negócio supostamente possibilita um mundo mais sustentável (Muñoz e Cohen, 2017).
Em vista da relevância do tema e das dificuldades enfrentadas pelos modelos de negócios convencionais devido o surgimento da economia compartilhada, como as cadeias de suprimento estão sendo impactadas por este fenômeno?
Inicialmente o compartilhamento surgiu sem fins lucrativos, apenas entre usuários que tinham o interesse de aumentar a acessibilidade à um determinado recurso à baixo custo ou sem custo algum, no entanto, este compartilhamento gradativamente foi se transformando num modelo de negócio voltado à troca monetária (Belk, 2014). O termo economia compartilhada tornou-se popular após o livro de Botsman e Rogers (2010), o fenômeno socioeconômico do compartilhamento entre pares possibilita o acesso a bens e serviços subutilizados ou indesejados, priorizando a utilização e a acessibilidade.
O levantamentos dos artigos foi feito através do Portal da CAPES, utilizando como filtro o termo exato “sharing economy” no título, como critérios de busca apenas artigos revisados por pares no idioma inglês, resultando em 204 artigos entre os anos de 2012 e 2018. Para focar o objetivo de pesquisa incluiu-se o termo "supply chain" a busca, resultando em em 10 artigos entre os anos de 2014 e 2018. Tais artigos foram lidos e analisados durante este trabalho.
Os autores Kumar, Lahiri e Dogan (2018) delimitam as diferenças entre modelos convencionais e modelos de economia compartilhada e os autores Muñoz e Cohen (2017) identificam cinco tipos de modelos de economia compartilhada. Porém ainda é preciso desenvolver regulamentações adequadas à estes novos modelos de negócio. As motivações e fatores que promovem a adoção da economia compartilhada podem sem intrínsecos ou extrínsecos, sendo descritos no trabalho, assim como os principais benefícios encontrados na literatura. Por fim, são identificados os impactos do tema sobre a cadeia de suprimentos.
A partir desta revisão da literatura foi possível compreender a evolução do tema ao longo dos anos, no entanto ainda não há uma definição amplamente aceita sobre o que é economia compartilhada. Este trabalho ainda levanta os tipos de modelos de negócio voltados à economia compartilhada, os impasses sobre a regulamentação desses novos modelos de negócio, além das motivações e benefícios de sua adoção. Por fim, foram identificados os impactos da economia compartilhada na cadeia de suprimentos, porém tal assunto, assim como o tema em geral, precisa ser melhor desenvolvido.
BELK, R. (2014), BOTSMAN, R; ROGERS, R. (2010), CHENG, M. (2016), COHEN, B.; KIETZMANN, J. (2014), GAN, M. et al. (2018), HUARNG, K. H. (2018), KOOPMAN, C.; MITCHELL, M.; THIERER, A. (2015), KUMAR, V.; LAHIRI, A.; DOGAN, O. B. (2018), MUÑOZ, P.; COHEN, B. (2017), RICHARD, B.; CLEVELAND, S. (2016), RICHARDS, T. J.; HAMILTON, S. F. (2018), ZHU, G.; LI, H.; ZHOU, L. (2018).