Resumo

Título do Artigo

A REDE SOCIAL DE UM EMPREENDIMENTO SOCIAL COLETIVO
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Tema

Empreendedorismo e negócios de impacto

Autores

Nome
1 - Vanessa Fernanda Rios de Almeida
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Administração Responsável pela submissão
2 - SARA DOS SANTOS MEDRADO
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) -
3 - GLEIMIRIA BATISTA DA COSTA
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC -
4 - DÉRCIO BERNARDES DE SOUZA
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5 - Ernani Marques de Almeida
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Reumo

As redes sociais são completas por se tratar de um conjunto de pessoas conectadas por relacionamentos sociais. Ainda não existe cultura nos estudos sobre os empreendimentos sociais coletivos, mas são esses um modelo de negócio que busca o bem-estar social e ambiental, beneficiando diretamente a parcela da população que faz parte desse projeto, e, mesmo que de forma indireta, todos que participam passam a ter maior qualidade de vida traves dos benefícios disponibilizados pelo empreendimento social.
O objetivo da pesquisa é demonstrar a importância da rede social na trajetória de um empreendedorismo social coletivo.
Novos modelos de negócios surgem frente a preocupação com a sustentabilidade ambiental e a inclusão social. O empreendedorismo social coletivo é tido como ferramenta de mudança sócio-político, que refere-se a atividades comerciais que integram objetivos sociais, econômicos, culturais, ambientais e políticos (CONNELL, 1999; CHOUINARD e FORGUES, 2002). As redes sociais formam um recurso inestimável para os empreendedores sociais coletivos para aconselhamento, recursos humanos, ideias, capacidades inovadoras, apoio financeiro e emocional (GREVE e SALAFF, 2003; NAHAPIET e GHOSHAL, 1998).
A presente pesquisa é de caráter exploratória, com abordagem qualitativa. Efetuou-se um estudo de caso em um empreendimento social coletivo situado na cidade de Porto Velho/RO, a ASPROVEL. Aplicou-se a técnica de entrevista em profundidade, bem como a técnica da observação direta e análise documental. A entrevista em profundidade entrevista foi gravada e transcrita, e permitiu compreender os anseios que levaram a concepção da associação, a sua trajetória até os dias atuais, quais os parceiros e quais as suas contribuições.
O ego da pesquisa é o senhor Geraldo, atual presidente e membro fundador da associação. A rede integra vários parceiros, uns como fornecedores de matérias e outros com capacitação e até mesmo entrega de EPI e uniformes. Sobre a quantidade de lixo que deixa de contaminar o meio ambiente, estima-se que, cerca de 150 toneladas de materiais recicláveis são aproveitados pelos catadores, sendo a ASPROVEL responsável por aproveitar cerca 95 toneladas, contribuindo assim para ampliar a vida útil do aterro sanitário, reduzindo a extração de matéria prima, preservando o meio ambiente.
Os resultados encontrados foram principalmente que a força da associação está na rede de apoio e na legitimação que possui diante a sociedade e não nos seus associados, vez que a cooperação e a intenção de estar junto para conseguir melhores posições no mercado ainda não é mais forte que o medo de estar junto e perder uma vez para ganhar muitas.
CONNELL, D. J. Collective entrepreneurship: in search of meaning. December, 1999. CHOUINARD, O.; FORGUES, É. Collective entrepreneurship and regional development: case Study of a New Brunswick cooperative. Journal of Rural Cooperation, vol. 30, no. 2, pp. 79-94, 2002. GREVE, A.; SALAFF J. W. ‘Social Networks and Entrepreneurship’, Entrepreneurship Theory and Practice 28(1), 1–22, 2003. NAHAPIET, J.; GHOSHAL S. ‘Social Capital, Intellectual Capital and the Organizational Advantage’, The Academy of Management Review 23(2), 242–266, 1998.