Resumo

Título do Artigo

AS PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE E DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APLICADAS NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E EM MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS DE VILHENA-RO.
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Tema

Indicadores e modelos de mensuração da sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Elienai Castro da Silva Santos
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - Vilhena
2 - José Kennedy Lopes Silva
UNIR-UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - Responsável pela submissão

Reumo

A sustentabilidade em organizações como de microempreendedor individual (MEI) e micro e pequenas empresas tem significativa contribuição para o país, considerando que essas organizações desempenham papel fundamental no desenvolvimento econômico dos municípios, principalmente aqueles com características como as de Vilhena-RO, onde os pequenos empreendimentos são maioria e responsáveis por importante parcela da economia local. O tema para este trabalho se deu por meio do reconhecimento da importância da adoção de práticas de sustentabilidade e de responsabilidade social nos MEI e microempresas.
É essencial visar à redução de impactos ambientais e contribuir de maneira efetiva para um desenvolvimento sustentável. Embora se trate de pequenas empresas, os impactos causados por elas devem ser analisados, principalmente por gerarem um efeito acumulativo. A pesquisa será direcionada pela seguinte questão: quais são as práticas de gestão relacionadas à responsabilidade social e à sustentabilidade desenvolvidas nos MEI e microempresas do município de Vilhena-Ro? Assim, o objetivo deste estudo é apresentar as ações de responsabilidade social e sustentabilidade dos MEI e microempresas.
A adoção de indicadores de sustentabilidade fornece à organização parâmetros para facilitar a avaliação do grau de sustentabilidade do negócio. Os indicadores também permitem o monitoramento do desenvolvimento e das tendências, ajudando a definir metas e melhorias (MILANEZ, 2002) e a formular e a reformular políticas. A partir de filosofias ambientais, podem-se mensurar os diferentes graus de sustentabilidade do seguinte modo: sustentabilidade muito fraca, sustentabilidade fraca, sustentabilidade forte e sustentabilidade muito forte.
A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de formulários aos gestores de micro e pequenas empresas e MEI. Os participantes responderam ao formulário estruturado, elaborado a partir de indicadores Ethos-Sebrae para micro e pequenas empresas. Foi utilizada, como base para a análise dos dados coletados nanas organizações, a classificação discutida por Pearce (1993) sobre sustentabilidade muito fraca, fraca, forte e muito forte para que fosse possível identificar as práticas de gestão relacionadas à responsabilidade social e à sustentabilidade desenvolvidas pelas organizações.
Os resultados obtidos para o indicador estratégia e sustentabilidade foi considerado muito fraco. Percebe-se que as organizações estão preocupadas em fazer somente o necessário para se manter ativas no mercado, cuidando do seu desempenho financeiro, buscando melhorias no relacionamento com os clientes. Foi observado que o relacionamento com a comunidade local pode ser visto de maneira negativa, sendo um indicador considerado muito fraco. A dimensão ambiental não alcançou desempenho satisfatório, ficando evidente que essas organizações não têm buscado medidas voltadas para a sustentabilidade.
Foi identificado que as organizações não têm praticado ações sustentáveis. Ainda permanece a visão de que o impacto gerado pela pequena empresa não necessita ser gerenciado. A falta de conhecimento demonstrada por muitos gestores confirma que há necessidade de aprendizado sobre a temática. Os órgãos de apoio a essas empresas devem reforçar tópicos sobre sustentabilidade, esclarecendo e aprimorando o conhecimento quanto às praticas que podem ser incorporadas. Mesmo que sejam considerados pequenos, os acúmulos dessas empresas geram efeitos que podem causar danos ao meio ambiente.
INSTITUTO ETHOS. Indicadores Ethos-Sebrae para Micro e Pequenas Empresas, 2017. MILANEZ, B. Resíduos sólidos e sustentabilidade: princípios, indicadores e instrumentos de ação. 206p. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de São Carlos – Ufscar, São Carlos, SP. 2002. NASCIMENTO, L. F,; LEMOS, A.; MELLO, M. C. Gestão socioambiental estratégica. Porto Alegre: Bookman, 2008. VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro: FGV, 2006. VEIGA, J. E. da. Indicadores de sustentabilidade. Estudos avançados, v. 24, n. 68, p. 39-52, 2010.