Resumo

Título do Artigo

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM CARGOS DE MOTORISTAS: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES EM RELAÇÃO AO MODELO DE WALTON.
Abrir Arquivo

Tema

Gestão de pessoas e sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Delton Unglaub
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) - Responsável pela submissão
2 - ARIALDO DOS SANTOS DINIZ LINS
CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO -

Reumo

As organizações são movidas por pessoas e elas são o centro de todo o processo organizacional; o ser humano dentro da empresa é o seu ativo/bem mais importante (LIMONGI-FRANÇA; ARELLANO, 2002). Porém, ainda existem muitas organizações que não valorizam os seus colaboradores da forma como deveriam, acarretando, portanto, em prejuízos não apenas financeiros, mas também sociais. Tal situação se dá, em alguma medida, pelo fato de seus colaboradores não estarem desempenhando suas atividades da forma esperada.
Diante do exposto, a seguinte pergunta de pesquisa foi estabelecida: como os motoristas carreteiros avaliam seu trabalho referente às categorias de Qualidade de Vida no Trabalho propostas no modelo de Walton? Buscando responder tal questionamento, este trabalho tem como objetivo geral identificar e analisar a percepção dos motoristas carreteiros em relação às categorias de Qualidade de Vida no Trabalho propostas no modelo de Walton. E para que tal objetivo fosse alcançado foram definidos os seguintes objetivos específicos: descrever o modelo QVT proposto por Walton e suas categorias.
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) pode ser definida pela busca do equilíbrio psíquico, físico e social onde são respeitadas as necessidades e limitações do ser humano resultando num crescimento pessoal e profissional, sem traumas, afetando atitudes pessoais e comportamentais relevantes para a produtividade pessoal e grupal. (GONÇALVES et al., 2013). De acordo com Vieira e Limongi-França (2004), as organizações brasileiras estão mais conscientes quanto a esse tema, ao mesmo tempo em que leis têm sido promulgadas para garantir o cumprimento das normas de qualidade.
A pesquisa caracterizou-se como um estudo qualitativo realizado por meio de entrevistas em profundidade com um roteiro semiestruturado de perguntas. Foram entrevistados 5 motoristas em duas empresas, totalizando 10. As entrevistas foram focadas nas categorias abordadas por Walton. Duraram em torno de uma hora. Foram analisadas pelo conteúdo conforme Bardin (2011).
Os motoristas possuem percepções diferenciadas acerca das categorias. Os motoristas da empresa A avaliaram de forma positiva os aspectos pesquisados, como as condições de trabalho, o respeito aos direitos trabalhistas e a influência do trabalho nas atividades fora da empresa. O estudo também revelou que para os profissionais da empresa B, ainda existem muitos aspectos que necessitam ser melhorados. Parte deles é a longa espera a qual os motoristas são submetidos no descarregamento das mercadorias e falta de local adequado para esperar a descarga e a constante mudança de rotas.
Em relação aos objetivos específicos, que buscaram identificar os aspectos da qualidade de vida no trabalho dos motoristas pesquisados e analisar a percepção desses profissionais quanto aos aspectos da qualidade de vida em relação às categorias propostas por Walton, verificou-se que existem algumas diferenças significativas nas duas empresas pesquisadas. Sobre o trabalho e sua influência na vida dos funcionários, identificou-se que na empresa A os motoristas tem uma programação de viagens que possibilita a realização do trabalho de forma que não interfere em suas atividades fora da empresa.
DETONI, D. J. Estratégias de avaliação da qualidade de vida no trabalho: estudos de casos em agroindústrias. Florianópolis, 2001. 141f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina FRANÇA, A. C. L. Qualidade de Vida no Trabalho: conceitos e práticas na sociedade pós-industrial. São Paulo: Atlas, 2004. GONÇALVES, F. N. et al. A importância da qualidade de vida no trabalho e sua influência nas relações humanas. Anuário de Produções Acadêmico-científicas dos discentes da Faculdade Araguaia. V. 2, p. 61-77, 2013.