Resumo

Título do Artigo

INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS ORGANIZACIONAIS NA EVIDENCIAÇÃO DE DIFERENTES CATEGORIAS DE CUSTOS AMBIENTAIS
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Tema

Sustentabilidade na economia e na contabilidade

Autores

Nome
1 - VIVIANE KREIN
Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Unochapecó -
2 - Sirlene Koprowski
Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Unochapecó - Responsável pela submissão
3 - Antonio Zanin
Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
4 - Sady Mazzioni
Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
5 - Cristian Baú Dal Magro
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Reumo

As exigências mercadológicas e a evolução da legislação cada vez mais restritiva e cautelosa às questões ambientais pressionam as organizações, adotar uma nova postura alinhada a práticas sustentáveis. Em resposta estas expectativas às empresas passaram a divulgar de forma voluntária, informações direcionadas ao meio ambiente, materializada pelos Relatórios de Sustentabilidade que incluem a evidenciação dos custos ambientais. Contudo, as características organizacionais podem impactar diretamente para maior ou menor divulgação devido à natureza da informação.
Além das dificuldades de identificação, mensuração e falhas na divulgação dos custos ambientais, diversas características organizacionais podem impactar na evidenciação destes, emergindo a seguinte situação problema: Qual a influência das características organizacionais na evidenciação de diferentes categorias de custos ambientais nas empresas de capital aberto da B3? Desse modo, o objetivo do presente artigo é analisar a influência das características organizacionais na evidenciação de diferentes categorias de custos ambientais nas empresas de capital aberto da B3.
Os custos representam fundamentalmente elementos de controle e gestão estratégica (ROSSATO; TRINDADE; BRONDANI, 2009). Dessa forma, a identificação e mensuração dos custos ambientais, são essenciais para a tomada de decisões. Entretanto, tem esbarrado nas limitações dos instrumentos tradicionais da contabilidade, que por vezes, são considerados como indiretos de fabricação ou fixos, o que prejudica a correta apropriação e divulgação (DURÁN; PUGLIA, 2007). Além dessas dificuldades, as características organizacionais podem ser fatores preponderantes para o nível de evidenciação das empresas.
Pesquisa com abordagem quantitativa, descritiva e documental. Amostra foi composta por 311 empresas listadas na B3. Para mensurar o nível de evidenciação dos custos ambientais, foram definidas expressões-chave para quatro categorias de custo, baseadas no estudo de Rover, Borba e Borget (2008) e buscadas nos relatórios de sustentabilidade de 2017. Quanto às características organizacionais, também se considerou o ano de 2017, sendo coletadas no banco de dados Economatica, site da B3 e na Lei 10.165/2000. Para análise da influência, adotou-se o modelo de regressão linear múltipla.
A categoria custos ambientais para controlar a ocorrência de impactos ambientais, foi a mais evidenciada entre as empresas da amostra. Quanto à análise das características organizacionais, a participação no ISE, empresa de auditoria, tamanho da companhia exercem uma relação positiva para maior divulgação dos custos ambientais. Porém os níveis de governança corporativa e concentração de propriedade contribuem em pelo menos uma das categorias para uma menor evidenciação, fatores explicativos para tal, podem estar voltados ao ambiente institucional frágil do país.
Identificou-se as possíveis características organizacionais que pudessem influenciar a evidenciação de informações sobre custos ambientais, divididos em quatro principais categorias, sem considerar um setor de atuação ou condição específica a qual a empresa é pertencente, como a abordagem percebida em estudos anteriores e constatou-se que a participação no ISE, empresa de auditoria, tamanho da companhia, influenciam de forma positiva para um maior nível de evidenciação, enquanto que governança corporativa e concentração de propriedade tem relação negativa em uma pelo menos uma das categorias.
COELHO, F. Q.; OTT, E.; PIRES, C. B.; ALVES, T. W. Uma análise dos Fatores Diferenciadores na Divulgação de Informações Voluntárias sobre o Meio Ambiente. Contabilidade Vista & Revista, v. 24, n. 1, p. 112-130, 2013. DEPOERS, F.; JÉRÔME, T. Environmental expenditure disclosure strategies in a regulated context. Comptabilité-Contrôle-Audit, v. 23, n. 1, p. 41-74, 2017. ROVER, S.; BORBA, J. A.; BORGERT, A. Como as empresas classificadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) evidenciam os custos e investimentos ambientais? Revista Custos e agronegócio on line, v. 4, n. 1, 2008.