1 - Matheus Perez Geronymo Faculdade FIA de Administração e Negócios -
Responsável pela submissão
2 - Gleriani Torres Carbone Ferreira Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP) -
Reumo
A responsabilidade social surge com o intuito de tentar mostrar às empresas seu propósito para com a sociedade. A visão das empresas passa a ser diferente: compreender melhor seu impacto social virou prioridade. Uma ferramenta para mensurar a responsabilidade social passou a ser as certificações socioambientais, e uma ferramenta bastante conhecida de responsabilidade social, a ISO 26000, não possui caráter certificável. Diante disso, a certificação B de empresas surge, como alternativa de certificação socioambiental para as empresas interessadas.
Problema de pesquisa:qual é a percepção de jovens universitários e recém-formados em relação a certificações socioambientais, como a certificação B de empresas?
Objetivo geral : analisar a percepção de jovens universitários e recém-formados do tema a ser estudado
Específicos:
-Verificar e analisar o conhecimento popular de jovens universitários e recém-formados em relação ao tema “Sistema B”
-Comparar o conhecimento popular dos jovens universitários e recém-formados em relação a norma ISO 26000
- Identificar se as certificações socioambientais possuem credibilidade e importância para os jovens
A fundamentação teórica passa por 4 tópicos principais: responsabilidade social das empresas (definições e suas características); certificações socioambientais (o que são certificações, tipos de certificação, seus benefícios, definições de certificações socioambientais e diferenças para selos verdes e rotulagens); ISO 26000 (o que é, suas responsabilidades e sua importância); e movimento B (definição do movimento B, objetivos, o que é sua avaliação de impacto, diferenças para o modelo jurídico e a certificação B de empresas).
A natureza da pesquisa é classificada como básica; A abordagem do estudo é quantitativa; a pesquisa tem um caráter exploratório; O procedimento escolhido para o estudo é a pesquisa de levantamento. Foi definido que seria usado uma amostra não probabilística, que seria coletada através de um questionário, que possui 3 tipos de perguntas diferentes: as dicotômicas; as de múltipla escolha; e a avaliação de itens através de uma escala de Likert.
A maioria das pessoas não conhece nem a ISO 26000, nem o Sistema B. Os respondentes afirmaram que acreditam que as certificações socioambientais são importantes, porém não atribuem tanta credibilidade para elas. Em relação à certificação B de empresas, os itens que são mais valorizados são os que falam de práticas anticorrupção e pagamento de salários mais justos, respectivamente. Por fim, os dois itens mais escolhidos de cada categoria (Governança, funcionários, comunidade, meio ambiente e clientes) foram separados para a realização da análise e comparação do sistema B com a ISO 26000.
Foi possível perceber que os jovens universitários e recém formados não conhecem muito o sistema B e a ISO 26000. Uma possível explicação é a falta de interesse deles com o tema. Foi constatado também que eles atribuem importância para o tema, porém não dão tanta credibilidade, mostrando a preocupação com o tema, junto do ceticismo com as ferramentas disponíveis no mercado. Por fim, nota-se que poucos são os itens que estão na certificação B de empresas e não estão no escopo do BIA, fazendo com que a segunda ferramenta se torne uma alternativa a primeira como certificação socioambiental.
COMINI, G. M.; FIDELHOLC, M.; RODRIGUES, J. Empresas B: Princípios e desafios do Movimento B Corp. XVII SEMEAD. São Paulo, 2014.
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DANTAS, Águida Jéssica de Freitas et al. RESPONSABILIDADE SOCIAL SOB A ÓTICA DA ISO 26000: Uma Análise das Pequenas Empresas do Comércio Varejista de Mossoró/RN. Perspectivas Contemporâneas, v. 11, n. 2, p. 126-148, 2016.