Resumo

Título do Artigo

PRÁTICAS AMBIENTAIS NO SETOR ELÉTRICO: um estudo sobre a divulgação dos investimentos em ações ambientais pela Cemig
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Tema

Finanças sustentáveis

Autores

Nome
1 - VANESSA APARECIDA ANDRADE SOUZA
Universidade Federal de São João del Rei - DECAC
2 - Denise Carneiro dos Reis Bernardo
-
3 - CÁSSIA SEBASTIANA DE LIMA RESENDE
Universidade Federal de São João del Rei - Universidade Federal de São João del Rei Responsável pela submissão
4 - Fabricio Molica de Mendonça
- Universidade Federal de São João del-Rei

Reumo

Os Relatórios de Sustentabilidade servem como um portal de transparência e evidenciam práticas e resultados, seja no âmbito financeiro, organizacional, social, como no ambiental. Nesses documentos são evidenciados um sub relatório, o relatório ambiental. De maneira geral, esses relatórios não tem uma padronização a ser seguida pelas empresas, sendo evidenciado de forma espontânea. O Setor Elétrico, numa atitude pioneira, passou a elaborar desde o ano de 2002 o Relatório Anual de Responsabilidade Empresarial que segue as orientações do Manual de Contabilidade, que foi instituído pela ANEEL.
Esse trabalho teve como problema de pesquisa a seguinte questão: Há alguma padronização nas informações ambientais divulgadas pela Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (CEMIG) O objetivo foi analisar se práticas ambientais evidenciadas nos relatórios da empresa seguiam algum padrão pré-estabelecido, como aqueles exigidos pelo Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
A evidenciação das informações ambientais através de relatórios “é uma forma de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade ambiental da entidade, proporcionando assim maior transparência de suas atividades”, (PEREIRA; LUZ; CARVALHO, 2013, pág.02). Apesar de existir certa coincidência nos padrões e nos regulamentos, (RIBEIRO; VAN BELLEN; CARVALHO, 2011), ainda há diferenças nas evidenciações das informações. Isso porque ainda não existe uma legislação especifica que regulamente e padronize esses relatórios no Brasil.
A pesquisa realizada possui caráter exploratório. Conforme Gil (2002), as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Segundo Malhotra (2011), o principal objetivo da pesquisa exploratória é prover a compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador. A pesquisa exploratória é usada em casos nos quais é necessário definir o problema com maior precisão, identificar cursos relevantes de ação ou obter dados adicionais antes que se possa desenvolver uma abordagem.
No Quadro 1 foram demonstrados quais indicadores ambientais a Cemig divulgou segundo o Manual de Contabilidade instituído pela ANEEL entre os anos de 2013 a 2015 bem como se esses indicadores estavam presentes em mais de um ano representando, dessa forma, uma padronização. Os resultados ainda mostraram que os indicadores previstos no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico – ANEEL são exibidos nos três relatórios de forma padrão, alterando apenas os valores dos dados relatados.
Os achados da pesquisa demonstraram que os indicadores ambientais divulgados pela Cemig seguem o padrão estabelecido pelo Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, elaborado pela ANEEL. Essa orientação é feita na parte de Dimensão Ambiental, uma das Dimensões presente no Manual. Enfim, a padronização de dados, no caso, dados ambientais de um setor especifico, e de extrema importância para todos os stakeholders e sharholders interessados nas demonstrações dessas informações.
Malhotra, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 6. Ed. São Paulo.: Bookman, 2011. PEREIRA. F.E; LUZ.J.R.M; CARVALHO.J.R.M. Evidenciação das Informações Ambientais das Empresas do Setor de Energia Elétrica do Brasil no ano de 2012. Disponível em: < https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/130/130>. Acesso em: 13 de jun. 2016. RIBEIRO, A. M.; VAN BELLEN, H. M.; CARVALHO, L. N. G. Regulamentar Faz Diferença? O Caso da Evidenciação Ambiental. Revista Contabilidade &Finanças, v. 22, n. 56 (2011).