Resumo

Título do Artigo

RESILIÊNCIA URBANA E POLÍTICAS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA ANÁLISE DAS SMART CITIES PAULISTA
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Tema

Cidades sustentáveis e inteligentes/smart cities

Autores

Nome
1 - Cristiane Aparecida da Silva
Universidade Federal de Santa Catarina - Responsável pela submissão
2 - STEFANIA MARIA MAIER
Universidade Federal de Santa Catarina -
3 - Edicreia Andrade dos Santos
Universidade Federal de Santa Catarina -
4 - FABRICIA SILVA DA ROSA
Universidade Federal de Santa Catarina -

Reumo

A urbanização sem precedentes transformou o planeta de 10% urbano em 1990 para mais de 50% urbano em apenas duas décadas. Embora as áreas urbanas cubram menos de 3% da superfície da Terra, elas são responsáveis por 71% das emissões globais de gases de efeito estufa (GE) relacionadas à energia, incluindo uma grande quantidade de dióxido de carbono (CO2) responsável pelo aquecimento global. As políticas de desenvolvimento urbano sustentável, como a capacidade futura dos sistemas locais com o propósito de apoiar o bem-estar humano, está intimamente associada ao conceito de resiliência.
Um dos desafios que tanto a sociedade quanto os formuladores de políticas enfrentam no século XXI será conciliar as necessidades económicas e sociais das populações urbanas de maneira sustentável. A sustentabilidade aspira um bem-estar persistente e equitativo a longo prazo, que é resumido nas dimensões da resiliência. As smart cities são visualizadas como um possível remédio para os desafios que a urbanização cria. O objetivo do estudo consiste em analisar a resiliência urbana nas suas relações com o bem-estar econômico, social e ambiental das smart cities paulistas após a crise de 2008.
A resiliência urbana refere-se à capacidade de um sistema urbano e todas as suas redes sócias ecológicas e sócio técnicas constituintes em escalas temporais e espaciais com o propósito de manter ou retornar rapidamente às funções desejadas em face de uma perturbação, para se adaptar à mudança e para transformar rapidamente sistemas que limitam a capacidade adaptativa atual ou futura. As políticas de desenvolvimento sustentável das cidades têm a proposição de alicerçar e melhorar os serviços ecossistêmicos urbanos que proporcionam bem-estar humano sustentável para seus residentes.
No que tange aos objetivos este estudo caracteriza como descritivo já que consiste em avaliar quais as variáveis das dimensões de resiliência são relacionadas com o PIB, expectativa de vida e CO2, das smart cities paulistas. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a pesquisa é bibliográfica e em relação à coleta de dados, a pesquisa é documental. Em relação a abordagem a pesquisa caracteriza-se como quantitativa (Richardson, 1999), por empregar o método estatístico. A amostra foram as 62 smart cities do Estado de São Paulo. A análise compreendeu o eixo temporal de 2010 a 2015.
Evidencia que os fatores do pilar da resiliência econômica afetam positivamente o bem-estar econômico das smart cites analisadas, resultado consistente com o trabalho de Rizzi, Graziano & Dallara (2018), no que tange o pilar da resiliência social, somente a hipótese H2c: “há relação negativa entre a mortalidade infantil e o nível do bem-estar social das smart cities paulista” foi significativa e por último os fatores de resiliência ambiental estudados não são fortes o suficiente para afetar significativamente o bem-estar ambiental representado pela redução de emissão do CO2 das smart cites ana
Os pilares da resiliência urbana influenciam no bem-estar econômico representado pelo PIB em 58,8%, no bem-estar social representado pela expectativa de vida dos cidadãos das smart cities em 71,7% e no bem-estar ambiental evidenciado pela emissão de CO2 em 21,5%. Destaca-se que é necessário que exista por parte do poder público e das entidades engajadas de outras cidades, não só das smart cities, estratégias com grau de comprometimento com políticas de desenvolvimento sustentável eficiente. Neste contexto esse estudo contribui para diversas áreas.
IPCC-Intergovernmental Panel on Climate Change. (2015). Climate change 2014: Mitigation of climate change (3). Cambridge University Press. Meerow, S., Newell, J. P., & Stults, M. (2016). Defining urban resilience: A review. Landscape and urban planning, 147, 38-49. Richardson, M. (1999). Fundamentos da metodologia cientifica. São Paulo: Atlas. Rizzi, P., Graziano, P., & Dallara, A. (2018). A capacity approach to territorial resilience: The case of European regions. The Annals of Regional Science, 60(2), 285-328.