Resumo

O desenvolvimento sustentável é um tema que consta em várias discussões em encontros acadêmicos e políticos, como possível forma de gerir os recursos naturais e minimizar a pressão antropológica nos ecossistemas. A Agenda 2030 busca unir os países e atuar de forma a fortalecer parcerias, para trabalharem em favor das pessoas e do planeta, buscando a paz e a prosperidade. O consumidor consciente é aquele que possui comportamento, valores e estilo de vida preocupados em minimizar o impacto negativo do homem na natureza, o qual poderia pressionar o mercado, fomentando a produção mais sustentável.

O objetivo deste estudo é verificar por meio de pesquisa bibliográfica quais são as principais certificações ecológicas no Brasil, verificando se as agências certificadoras são nacionais ou estrangeiras, organizadas pelo governo federal (primeiro setor) ou por empresas e organizações sociais (segundo e terceiro setor) independentes.

A ecocertificação disponibiliza ao consumidor informações para que o mesmo possa realizar escolhas sustentáveis. Alguns autores afirmam que nem sempre o conhecimento de questões ambientais, ou informação de rótulos ecológicos, se traduzem em mudanças no comportamento de consumo. Outros pesquisadores destacam que algumas vezes a credibilidade dos rótulos ecológicos e das agências certificadoras não é uniforme, pois a abundância de rótulos, emitidos pelos setores público e privado, podem confundir e gerar falta de confiança. (TEISL, ROE e HICKS, 2002; CAI, XIE E AGUILAR, 2017; NITTALA, 2014)

O presente estudo é um trabalho exploratório investigativo e para alcançar o objetivo proposto foi realizada pesquisa bibliográfica em artigos acadêmicos, websites, livros, revistas e outras fontes de informação, como meios audiovisuais, entrevistas e documentários. O conteúdo reunido pela pesquisa bibliográfica foi compilado em dois quadros, o primeiro classifica as principais certificações atuantes no Brasil quanto à origem e tipo de agência certificadora, e o segundo quadro quanto à finalidade e objetivos.

As informações foram reunidas em dois quadros, o primeiro classifica as principais certificações atuantes no Brasil quanto à origem e tipo de agência certificadora, e o segundo quanto à finalidade e objetivos. Ao todo o presente estudo listou dezessete selos ecológicos e os classificou em quatro áreas, sendo elas construção civil, agricultura e alimentos, produtos florestais e sistemas de gestão. Destes selos dez são de origem internacional e sete de origem nacional, três selos são certificados por agência pública e quatorze por agências independentes.

Embora a demanda por produtos sustentáveis esteja em ascensão, a oferta de produtos certificados ainda caminha lentamente no Brasil. Para que a rotulagem ecológica oriente o consumidor para um comportamento mais sustentável, é necessário que este compreenda o impacto do consumo de produtos não sustentáveis. Neste sentido, uma campanha de educação ambiental pró-consumo em âmbito nacional seria eficiente para aumentar a demanda de produtos certificados, assim como facilitar a certificação de pequenos produtores, com políticas públicas de incentivo e subsídios para ajudar com os custos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (website). Disponível em: Acesso em: 18 ago. 2018. BEST AQUACULTURE PRACTICES - BAP (website). Disponível em: Acesso em: 20 ago. 2018 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. (BRASIL) (website). Disponível em: Acesso em: 20 ago. 2018. DALY, Herman E. Prefácio à segunda edição. In: MAY, Peter H. (org.). Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. (2. Ed.)