Resumo

Título do Artigo

EMPREENDEDORISMO SOCIAL E COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO NA AGRICULTURA FAMILIAR
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Tema

Inovação sustentável

Autores

Nome
1 - ELIANE ALVES DA SILVA
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - PPGA - PORTO VELHO Responsável pela submissão
2 - DÉRCIO BERNARDES DE SOUZA
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) - Programa de Pós-Graduação em Administração PPGA
3 - GLEIMIRIA BATISTA DA COSTA
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC -
4 - Eugenio Avila Pedrozo
-
5 - Tania Nunes da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - escola de administração

Reumo

De acordo com Dees (2001), os empreendedores sociais criam valor público, procuram novas oportunidades, inovam e adaptam-se, agem de forma audaz e apresentam um forte sentido de responsabilidade. Sob este ponto de vista, o empreendedorismo social amplia a definição de empreendedorismo ao pôr ênfase na integridade ética e maximização do valor social ao invés de valor privado ou lucro (DAVIS, 2002). Em meio a esses conceitos o cooperativismo, pode ser uma forma de institucionalização para um empreendimento social.
Um cenário alternativo que contemple um “novo modelo de desenvolvimento”, com interação sistêmica entre atores e instituições para alcançar objetivos de crescimento, inovação, competitividade, equidade e sustentabilidade. Sendo assim, provocar reflexões sobre uma economia solidária, abandonando a tradicional cadeia de valor e oferecendo inovações sociais que tragam desenvolvimento sustentável confere relevância a este estudo. Com base nessa contextualização, a presente pesquisa, tem por objetivo analisar o impacto social do cooperativismo solidário em uma cooperativa de agricultura familiar.
Há uma vulgarização do conceito de empreendedorismo social, este foi sendo entendido em diversos sentidos, tornando-se confuso (DEES, 2001). Alguns autores o associam à criação de uma organização não lucrativa, outros a empresas com fins lucrativos que integram ações de responsabilidade social e outros, ainda, a empresas sociais com negócios sociais (DEES, 2001). Contudo, existe um consenso na doutrina no sentido de que no empreendedorismo social, a criação de valor social é o objetivo principal.
Optou-se por uma pesquisa empírica por meio de um estudo de caso descritivo e qualitativo na Cooperativa de produtos e serviços agrícolas de agricultores familiares dos estados de Rondônia (COOPAFARO), situada no município de Porto Velho. Foram entrevistados 3 cooperados, uma técnica da EMATER-RO e uma representante da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SEMAGRIC) por meio de entrevistas semiestruturadas e posteriormente analisadas pelos temas empreendedorismo social, economia popular solidária e a relação da economia solidária com desenvolvimento local sustentável.
Após analisar as categorias, verificou-se que é a satisfação dos desejos dos clientes, no caso instituições que recebem produtos oriundos de políticas públicas como PNAE e PAA, são meios para atingir um fim social. A mudança social ocorre por meio do cooperativismo solidário. A COOPAFARO funciona com solidariedade, autogestão e cooperação e se fortalece a partir da busca pela igualdade social, na autonomia institucional e na gestão democrática, com participação e igualdade social. A intensificação agrícola sustentável é a resposta para uma maior segurança alimentar, e redução da pobreza.
Analisar o impacto social do cooperativismo solidário em uma cooperativa de agricultura familiar envolve a compreensão de vários aspectos, que permeiam desde o que pode ser considerado empreendedorismo social, o que pode ser uma economia solidária e o que seria desenvolvimento sustentável. Após apropriação desses conceitos analisar as entrevistas e documentos em busca de se retratar o impacto social se tornou mais fácil. Por meio da análise de seus diálogos foi possível perceber como vivenciam na prática o conhecimento adquirido nas atividades formativas da UNICAFES.
DAVIS, S. Social entrepreneurship: towards an entrepreneurial culture for social and economic development, 2002. DEES, J. G. The meaning of social entrepreneurship, 2001. LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: Edufba, 2012 MANCE, A. Redes de Colaboração Solidária: aspectos econômicos filosóficos: complexidade e libertação. São Paulo: Vozes, 2002. PINHO, D. B. O Cooperativismo no Brasil: da vertente pioneira à vertente solidária. São Paulo: Saraiva, 2004. ZANCO, A. M.; CORBARI, F.; ALVES, A. F. Conexão entre as teorias de redes e as redes solidárias.