Resumo

Título do Artigo

A URBE E AS ÁRVORES: POLÍTICA DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE DO AR E DA SAÚDE
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Tema

Gestão ambiental

Autores

Nome
1 - Jessica Mieko Ota Alves
Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Gestão e Negócios Responsável pela submissão
2 - Ana Flavia Marques de Sousa
-
3 - João Victor da Silva Alves
Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Gestão e Negócios
4 - Juliana Bárbara da Silva Oliveira
Universidade Federal de Uberlândia - FAGEN
5 - Jose Eduardo Ferreira Lopes
Universidade Federal de Uberlândia - FAGEN - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

A urbanização é um fenômeno caracterizado pela transformação do espaço rural em espaço urbano, com efeito sob a migração de pessoas do campo para a cidade e com impacto direto no crescimento populacional e extensional da urbe (BRITO, HORTA, AMARAL, 2018). Para Azambuja et al. (2015), esse processo sempre vem acompanhado de uma piora dos “ares, águas e lugares” e a urbanização, em si, cada vez expõe mais a população socialmente vulnerável a situações nocivas, com reflexos no nível e distribuição de adoecimento e mortes. Assim, formas de amenizar os impactos causados por ela tornam-se urgentes.
Como o homem vem sendo o principal responsável pela mudança na paisagem natural e pela piora da saúde humana devido as inúmeras interferências que faz no ambiente, quer seja retirando árvores para construir residências, quer seja para desenvolver atividades econômicas, esse estudo pretende descobrir modos de mitigar os efeitos nocivos da ação antrópica na Terra (CABRAL, 2013). O objetivo do trabalho é avaliar o impacto da arborização urbana sobre a qualidade do ar em diferentes cidades do Brasil, percebendo de que maneira esses aspectos relacionados interferem na promoção da saúde da população
Nas últimas décadas vem sendo registrado um significativo aumento nas concentrações de substâncias perigosas no ambiente atmosférico, o que é motivo de preocupação global (SALICIO, BOTELHO, 2018). Poluentes atmosféricos causam efeitos verdadeiramente adversos, principalmente em cidades com elevado grau de urbanização e atividade industrial (CASTRO et al., 2013).Nesse sentido, a arborização exerce função importante nos centros urbanos, sendo responsável por uma série de benefícios ambientais e sociais que melhoram a qualidade de vida nas cidades e a saúde física e mental da população.
O método utilizado para levantamento de dados foi o estudo informacional, em que se intencionou buscar a porcentagem de arborização, a qualidade do ar, a quantidade de óbitos ocasionados por doenças respiratórias, o índice populacional e a taxa de urbanização de 44 municípios espalhados pelo país, os quais, majoritariamente, estavam concentrados nos Estados de SP e RJ. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, de natureza aplicada, com objetivo descritivo, cujo método de pesquisa é experimental, com análise de dados ex-post-facto. O banco de dados utilizado foram sites do IBGE e OMS.
Alguns autores investigaram a prevalência de doenças respiratórias alérgicas em escolares, levando em conta regiões urbanas diferentes e o fluxo de veículos, e os resultados indicaram que onde há intenso tráfego veicular, ocorreu à prevalência de asma, rinite e outros sintomas associados. Outro especialista na área afirma que a construção de edificações e indústrias em áreas urbanas cresce ocupando o lugar da arborização, gerando um desconforto na ambiência urbana. Desta forma a arborização proporciona muitos benefícios para a qualidade de vida das pessoas e principalmente pode melhorar o ar.
A partir da triangulação dos dados, contatou-se que os índices de qualidade de vida são maiores em municípios que apresentam alto percentual de arborização. Do mesmo modo, identificou-se que as taxas de óbitos por doenças respiratórias per capita foram menores nas cidades que possuem índices de qualidade do ar mais elevados, ou seja, a saúde respiratória é menos afetada nos ambientes bastante arborizados. Ademais, concluiu-se que, estatisticamente, os índices da qualidade do ar relacionados à taxa de óbitos por doenças respiratórias per capita não são diferentes entre as cidades de SP e RJ.
AZAMBUJA, M. I. et al. Cidades, saúde e desenvolvimento social: visão, iniciativas, desafios e algumas reflexões a partir do sul. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2015. BRITO, F.; HORTA, C. J. G.; AMARAL, E. F. L. A urbanização recente no Brasil e as aglomerações metropolitanas. 2018. CABRAL, P. I. D. Arborização urbana: problemas e benefícios. Revista Especialize On-line IPOG, Goiânia, n. 06, p. 1-15, 2013. SALICIO, M. A.; BOTELHO, C. A prática de exercício físico por idosos em Cuiabá e influência ambiental nos níveis exalados de monóxido de carbono e sintomas respiratórios. Sem Transdisciplinar 2018