Resumo

Título do Artigo

CANDOMBLÉ: TRADIÇÃO E RESILIÊNCIA RUMO A SUSTENTABILIDADE, HÁ ESPAÇO NA AGENDA ODS 2030?
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Tema

Políticas Públicas para a sustentabilidade

Autores

Nome
1 - VALTUIR SOARES FILHO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UNIVATES - UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI Responsável pela submissão
2 - JOSE DAMIÃO TRINDADE ROCHA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARÁ

Reumo

O presente artigo visa traçar um panorama das relações das religiões de matriz africana, mais precisamente o Candomblé, frente a temática ambiental numa triangulação com as metas estabelecidas pelo ONU quando da promulgação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entretanto a análise que faz um breve resgate num contexto histórico da identificação da religião afro-brasileira no Brasil, e posteriormente elencando as nações que vieram para o país trazendo consigo suas crenças, tradições e costumes que nortearam a religião africana na contemporaneidade.
As seguintes questões de pesquisa levaram à investigação do tema: De que forma o Candomblé, como religião derivada de povos tradicionais africanos, pode contribuir com a efetivação dos objetivos e metas do ODS? A partir delas, foi delineado o seguinte objetivo: Identificar de que forma o Candomblé como religião afro-brasileira, derivada de cultos tradicionais africanos, poderá contribuir para a localização e implementação das metas dos ODS.
A Umbanda surgiu por volta do século XIX tendo como base ser uma religião brasileira. Nela mescla-se vários fragmentos de religiões até então conhecidas, onde se detecta fragmentos do catolicismo, do espiritismo kardecista e dos cultos dos povos africanos e indígenas (ROSENFELD,1993). Já no Candomblé, que é o objeto de estudo deste artigo, parte da concepção de PRANDI (1996) de que é uma religião trazida com os escravos africanos e amalgamada com o catolicismo por uma necessidade de sobrevivência de seus ritos ancestrais.
Como metodologia foi realizada uma pesquisa bibliográfica triangulando Candomblé/Sustentabilidade/ODS, bem como um mapeamento das possíveis metas que contribuiriam atingir a meta proposta no objetivo do trabalho, por meio de pesquisa documental.
Os resultados indicam que não há metas especificas para as religiões de matrizes africanas como o Candomblé, mas sugere outras que poderiam serem efetivadas como políticas de mitigação do preconceito e redução das desigualdades nas religiões afro-brasileiras como o Candomblé e como promoção da sustentabilidade ambiental.
Conclui-se que o Candomblé pode contribuir com a agenda 2030 na implantação de várias das 169 metas dos ODS. Ficou evidente que o objetivo 10 com as metas 10.2 e 10.3 mais especificamente que tem como mote a redução das desigualdades seja ela de renda, idade, sexo, deficiência, raça, etnia, origem, religião ou situação econômica ou outra condição e os objetivos 15 e 16 por pelo importante papel que o meio ambiente representa para a espiritualidade afro-brasileira, a religião deve torna-se responsável por estruturar essa conscientização rumo a sustentabilidade ambiental.
PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. PNUD. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Disponível em< http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/> Acesso em: 06 abri. 2019.