Resumo

Título do Artigo

Competitividade em empresas sociais: revisão sistemática da literatura e propostas para pesquisas futuras
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Tema

Empreendedorismo e negócios de impacto

Autores

Nome
1 - Indira Gandhi Bezerra de Sousa
Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Programa de Pós-Graduação em Administração Responsável pela submissão
2 - Ana Paula Mussi Szabo Cherobim
Universidade Federal do Paraná -
3 - Rodrigo Luiz Morais da Silva
-
4 - Gelciomar Simão Justen
Universidade Federal do Paraná -

Reumo

As empresas sociais, embora tenham foco na missão social, também estão imersas em um setor competitivo, pois trabalham com produtos e/ou serviços que competem geralmente entre elas e com empresas tradicionais. Assim, por buscarem sustentabilidade financeira também almejam adquirir vantagem competitiva sobre as demais empresas (BORZA et al., 2009; DOBELE; PUTIERE, 2015). Todavia, pouco se entende sobre a relação entre empresa social e teoria da competitividade.
O crescimento das empresas sociais está se tornando mais evidente nos últimos anos, aumentando a necessidade de maior aprofundamento sobre esse campo de estudo. Logo, observando a relevância em estudar empresas sociais e competitividade conjuntamente para o avanço da literatura da área, bem como a necessidade empírica constatada no campo, elaborou-se o seguinte problema de pesquisa: Como a produção científica sobre empresas sociais está relacionando os seus estudos com a teoria da competividade proposta por Barney e Porter?
As empresas sociais se configuram como organizações híbridas, por empregar uma combinação de filantropia e comércio, utilizando múltiplas formas de organização (MAIR; MARTI, 2006; BATILLANA; LEE, 2014). Todavia, pouco se entende sobre a relação entre empresa social e teoria da competitividade. Competitividade é um conceito que permanece pouco assimilado (TEIXEIRA; GUERRA, 2003; VASCONCELOS; BRITO, 2004), por isso a trivialidade na sua utilização. Em linhas gerais, competitividade pode ser a capacidade contínua de obter lucro e manter posição sustentável no mercado entre os concorrentes.
A partir de uma revisão sistemática da literatura, realizou-se levantamento de estudos em duas bases de dados: Web of Science e Scopus, totalizando em 10 estudos que faziam sentido para o objetivo do presente artigo. Na fase de leitura dos dez (10) estudos, utilizou-se o ATLAS Ti, software que tem como base a análise de conteúdo, seja de documentos, entrevistas, notas de observações e artigos científicos. Assim, as publicações selecionadas foram analisadas a fim de compreender seus enfoques e conclusões no que diz respeito à relação entre as empresas sociais e a teoria da competitividade.
Como resultado do estudo, observou-se pouca expressão das pesquisas que tratam da relação entre esses dois assuntos. Exceto os artigos incluídos no estudo, os outros abordam fatores que levam as empresas sociais a se tornarem mais competitivas; sem, contudo, dar respaldo teórico consistente à discussão da competitividade. Os resultados encontrados permitem a compreensão de como são estabelecidas as ligações a competitividade e as empresas sociais. Também possibilita a análise crítica dos espaços ainda existentes e as oportunidades para pesquisas futuras.
Os resultados encontrados permitem a compreensão de como são estabelecidas as ligações a competitividade e as empresas sociais. Também possibilita a análise crítica dos espaços ainda existentes e as oportunidades para pesquisas futuras. Entende-se que tenham sido encontrados caminhos para prosseguir nas pesquisas daqui para frente como forma de avançar a literatura da área e fornecer informações relevantes para empreendedores e suas equipes em empresas sociais no campo prático.
ALBERTI, F. G.; VARON GARRIDO, Mario A. Can profit and sustainability goals co-exist? New business models for hybrid firms. Journal of Business Strategy, v. 38, n. 1, p. 3-13, 2017. BARNEY, J. B.; ARIKAN, Asli M. The resource?based view: origins and implications. The Blackwell handbook of strategic management, p. 123-182, 2005. COMINI, G.; BARKI, E.; AGUIAR, L. T. A three-pronged approach to social business: a Brazilian multi-case analysis. Revista de Administração - RAUSP, v. 47, n. 3, p. 385–397, 2012.