Resumo

Título do Artigo

MOVIMENTO SEGUNDA FEIRA SEM CARNE: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
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Tema

Marketing e sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Marcus Hyonai Nakagawa
EACH - USP - Sustentabilidade Responsável pela submissão
2 - Matheus Eurico Soares de Noronha
ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing

Reumo

Em muitos países o consumo de carne é um fator recorrente de questões sociais, culturais e econômicas. A alimentação das famílias brasileiras majoritariamente tem como prioridade o consumo de carnes bovina, suína e de frango (IBGE, 2011, p.40). Entretanto, o consumo desenfreado de carne tem impactos consideráveis ao meio ambiente (SOUZA, 2011, p.16). O movimento “segunda sem carne” é um exemplo de mobilização social para incentivar um consumo de carne mais responsável e de menor impacto ao ambiente (JOHNS HOPKINS CENTER FOR LIVEBLE FUTURE, 2015. p,1).
O que se questiona efetivamente são as formas, possibilidades e caminhos que estes tipos de movimento percorrem para realizar suas contribuições às agendas governamentais e globais para um consumo mais responsável. Visualizando esta conjuntura, o objetivo deste artigo é verificar a percepção de consumidores de dois países diferentes de como a o movimento segunda sem carne pode contribuir para o objetivo de desenvolvimento sustentável de número 12, chamado: consumo e produção sustentáveis.
- O movimento segunda sem carne e o seu Impacto. - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Consumo. - O movimento, o consumo e os ODS.
A abordagem de pesquisa é qualitativa e procura estabelecer o significado do fenômeno estudado a partir do ponto de vista dos participantes (Creswell, 2010, p 45). Creswell (2010, p. 46) afirma que a pesquisa qualitativa permite uma concepção participativa entre os entrevistados e viabilizando a realização de pesquisas em movimentos e contextos sociais. Com intuito de atender o objetivo foi realizado uma pesquisa exploratória no Brasil na cidade de São Paulo e na Alemanha na cidade de Hamburgo. Foram realizadas 22 entrevistas com 6 homens e 16 mulheres por meio da de um roteiro de 19 perguntas
Após as entrevistas observou-se que mais da metade dos entrevistados não fazia parte do movimento, entretanto todos os entrevistados afirmaram conhecer a campanha e que já ouviram falar ou tiveram algum contato com o tema nas redes sociais, sites ou reportagens. Em ambos países durante as entrevistas as pessoas citavam dados que viram em sites sobre a produção de carne e os assuntos em destaque estavam relacionados a água e desmatamento. A partir dos discursos sobre os principais temas visualizamos que o movimento é um vetor conscientizador para uma produção e consumo sustentável.
Ainda que o movimento não tenha uma conexão direta, em sua exegese, com os objetivos de desenvolvimento sustentável, notamos que seus fundamentos e pretensões são bastante alinhadas, podendo ser ferramenta de forte auxílio em caso de adesão maciça. Especialmente no aspecto comparado entre Brasil e Alemanha, pudemos observar que os alemães identificam muito mais cotidianamente a certificação de seus produtos de carne ou derivados, contudo, em sua maioria tais certificações estão ligadas a métodos de produção orgânica e livre de hormônios.
BORGES, Fábio Mariano, et al. Consumo e cidadania: práticas cidadãs nas reclamações dos consumidores. Dissertação de mestrado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2012. JACOBI, Pedro Roberto. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de pesquisa, 2003, 118: 189-205 KOTLER, Philip. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Elsevier Brasil, 2010. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (Brasil), Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis – PPCS, Brasilia, 2016. REDE BRASIL DO PACTO GLOBAL,