Resumo

A energia eólica representa uma oportunidade de complementação para a geração de eletricidade no país em função do potencial existente em algumas regiões, como o Nordeste. Apesar de a energia hidráulica, ainda, ser a fonte mais significativa na matriz, o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2016 apontou que a participação de outras fontes renováveis tem aumentado, destacando a fonte eólica com crescimento de 77,1%, ultrapassando a energia nuclear em 2015, resultado do desenvolvimentos de políticas e programas que incentivam a inserção de fontes mais sustentáveis.

O questionamento reside no fato de o governo priorizar o uso de fontes mais caras e poluentes como as termelétricas para a complementaridade da matriz energética. Assim o objetivo desta investigação é apresentar a evolução da inserção da fonte eólica no país a partir do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia – PROINFA.

O potencial eólico de uma região está diretamente relacionado a velocidade e regime dos ventos. Tal diagnostico é realizado por meio de coleta e análise de dados e levantamentos específicos, que podem ser feitos em aeroportos, estações meteorológicas, entre outras e que podem indicar inicialmente o potencial bruto ou teórico de aproveitamento da energia proveniente dos ventos (ANNEL, 2017).

O caminho metodológico para o desenvolvimento desta investigação caracterizou-se como exploratório, descritivo e bibliográfico a partir da consulta à fontes secundárias, como artigos científicos e documentos institucionais do setor energético brasileiro, com o intuito de apresentar em ordem lógica e coerente um conjunto de informações que atendessem ao objetivo proposto.

Para efeitos de execução, o Proinfa foi dividido em duas fases: uma para implatação de projetos de curto prazo e a outra para implantação de projetos de longo prazo. Na primeira fase a Eletrobrás ficou responsável pela celebração dos contratos até 30 de junho de 2004, com o intuito de possibilitar a implatação de 3.300 MW de capacidade para intalações de produção com prazo de funcionamento até 30 de dezembro de 2008, assegurando compra de energia a ser produzida em um prazo de até 20 anos.

O programa que tinha, inicialmente, o intuito de instalar 1.100 MW de potêncial eólica no país vem demonstrando a superação dessa meta e o potencial de crescimento dessa fonte na matriz energética brasileira, apontando-a como alternativa mais barata e viável para complementação da energia hidráulica, quando comparada com as termelétricas em termos de custos e impactos ambientais.

ALVES, Jose Jakson Amancio. Análise regional da energia eólica no Brasil. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 6, n. 1, 2010. AMARANTE, Odilon A. et al. Atlas do potencial eólico brasileiro. In: Atlas do potencial eolico brasileiro. Ministerio de Minas e Energia Eletrobras, 2001. SIMAS, Moana; PACCA, Sergio. Energia eólica, geração de empregos e desenvolvimento sustentável. Estudos Avançados, v. 27, n. 77, p. 99-116, 2013. TOLMASQUIM, Mauricio. Tiomno Energia Renovável: Hidráulica, Biomassa, Eólica, Solar, Oceânica / Mauricio Tiomno Tolmasquim (coord.). – EPE: Rio de Jan