Resumo

Os incentivos às fontes de energias renováveis estão contemplados nos principais acordos internacionais que destacam a importância de descarbonizar a economia. O Brasil também se comprometeu em avançar nas tecnologias de fontes renováveis, além da fonte renovável hídrica. No cenário de poluição e custos ampliados surge também a oportunidade de investir na matriz solar em função da alta irradiação solar que incide sobre o semiárido nordestino e pela queda nos preços desta tecnologia que pode tornar esta matriz vantajosa para os clientes residenciais.

Os clientes residenciais reconhecem as vantagens da energia solar distribuída? Tem conhecimento sobre financiamentos e incentivos? Para responder a problemática acima, o trabalho proposto tem como objetivo: avaliar a percepção dos clientes residenciais sobre a geração distribuída solar. O trabalho proposto tem como objetivo: avaliar a percepção dos clientes residenciais sobre a geração distribuída solar. E como objetivos específicos: avaliar o fator financeiro; avaliar o fator legal; verificar a percepção da relação da produção de energia e poluição.

Rifkin (2012) afirma que é importante dar incentivos para estimular as instalações de microgeradores de energia solar. Autores como Silva (2015) e Neto, Madruga e Geremias (2016) afirmam que as políticas atuais no Brasil não são suficientes para que o setor fotovoltaico avance com maior celeridade. Delucchi e Jacobson (2011) afirmam que apesar do amplo reconhecimento de que as barreiras à transição energética são principalmente políticos, e não tecnológicos ou econômicos, falta uma literatura coesiva sobre as políticas que orientam, restringem e moldam a política de energia renovável.

A pesquisa está classificada como de natureza aplicada. Quanto à forma de abordagem foi qualitativa. Quanto a seus objetivos a pesquisa foi exploratória e descritiva. Para a obtenção das respostas, os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais O grupo composto de 20 (vinte) consumidores residenciais de energia elétrica da distribuidora que presta serviço em Juazeiro do Norte. Após as entrevistas individuais semiestruturadas e a transcrição das entrevistas, a análise de conteúdo foi a ferramenta de tratamento dos dados utilizada.

Os entrevistados afirmam desconhecer a existência de incentivos governamentais, sejam eles federais, estaduais ou municipais. Um entrevistado complementa que os incentivos são fornecidos apenas pelas empresas privadas que fornecem serviços de instalação. Outro entrevistado afirma que existem incentivos, mas não sabe especificar quais incentivos. Foi citado também o aquecimento solar do chuveiro que estaria instalado em unidades do programa Minha Casa Minha Vida, o que o entrevistado julgou sabiamente desnecessária para esta funcionalidade, em função do clima com altas temperatura

Estes consumidores demonstraram conhecimento parcial sobre a energia solar distribuída e apresentou uma percepção de que o investimento é alto para instalar as placas fotovoltaicas, que não há financiamento para pessoa física e que não há incentivos por parte dos governos federal, estadual e municipal. Mas um fato positivo foi relatado: - se houvesse incentivos como financiamento e redução do investimento, os consumidores se mostraram favoráveis à implantação da energia solar, inclusive como forte opção para também carregar as baterias de algum veículo elétrico.

BROZYNSKI, Max T.; LEIBOWICZ, Benjamin D. Decarbonizing power and transportation at the urban scale: an analysis of the Austin, Texas community climate plan. Sustainable Cities and Society vol 43 (Nov. 2018) p.41–54. Elsevier, 2018. Disponível em: . Acesso em: 08 nov.2018. BURSZTYN, Marcel, et al. O Clima Em transe: vulnerabilidade e adaptação da agricultura familiar. Rio de Janeiro: Editora IABS Garamond, 2016.DELUCCHI, M.A., JACOBSON, M.Z. Providing all global energy with wind, water, and solar power, Part II: reliability,