1 - Nárila Paola Sirino Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Responsável pela submissão
2 - Bruna Trierweiler Shigueoka Roesler Faculdade Dom Bosco - Faculdade Dom Bosco
Reumo
A busca por melhores condições de vida é uma forte variável da migração, e alto fluxo tem sido identificado em países emergentes, impactando questões de direitos humanos, economia e formação de grupos vulneráveis. Estima-se que em 2015, o número de migrantes tenha ultrapassado 244 milhões. No Paraná, até outubro de 2017, foram registrados 613 migrantes e refugiados de 34 nacionalidades. O presente projeto propõe um fluxo de ação que permite a integração dos migrantes da região de Curitiba e RMC por meio do ensino do idioma Português e do acesso à capacitação profissional.
Estima-se que em 2015, o número de migrantes tenha ultrapassado 244 milhões. No Paraná, o Centro Estadual de Informação para Migrantes registrou, até outubro de 2017, 613 migrantes e refugiados de 34 nacionalidades. O Projeto Migrantes teve como objetivo geral contribuir para promover gradativamente a integração de migrantes e refugiados à comunidade paranaense, com vistas à promoção da educação, do trabalho e do desenvolvimento social sustentável.
Se observou a necessidade de contribuir para promover gradativamente a integração de migrantes e refugiados à comunidade paranaense, com vistas à promoção da educação, do trabalho e do desenvolvimento social sustentável. Os desafios relacionados ao problema estavam ligados à diminuição da vulnerabilidade deste grupo social, garantia de respeito aos direitos humanos, e criação de força de trabalho para uma indústria em demanda (neste caso panificação).
Em novembro de 2016, o Sistema Fiep discutiu a construção de um programa que atendesse a migrantes e refugiados e que contribuísse para a inserção dos mesmos na sociedade. Foram levantados dados (nacionalidade, escolaridade, empregabilidade, renda) sobre os migrantes residentes no Paraná, e foram realizadas visitas às instituições de acolhimento, para entender as necessidades desse público. Foi proposto, então, o ensino da Língua Portuguesa, por meio de uma aprendizagem contextualizada; a qualificação profissional em panificação; e, por fim, o encaminhamento para o mercado de trabalho.
O curso de panificação foi realizado em Curitiba/PR, entre novembro de 2017 e abril de 2018, com três encontros por semana, e oferecido de forma gratuita. Cerca de 70% dos alunos matriculados eram oriundos do Haiti e os demais da Venezuela, Peru, República Dominicana e Argentina; 44% eram do sexo feminino; a média de idade dos participantes era de 33 anos. Dos 23 alunos que se inscreveram para o curso de panificação, 18 concluíram o curso, sendo que antes do término das aulas, 70% já estavam trabalhando na área, em emprego formal, no setor do comércio.
O projeto foi uma oportunidade única para os participantes e para a sociedade. Ele permitiu a autonomia de geração de trabalho e renda, promoveu o ingresso e permanência no mundo do trabalho, por meio da mobilização, incentivo e integração de esforços do Sistema Fiep e de seus parceiros. Assim, além de atuar na formação profissional, também contribuiu para a inclusão social de migrantes e refugiados no município de Curitiba.