Resumo

Título do Artigo

Reputação Corporativa como Indicador do Corporate Social Performance: Estudo do Perfil Reputacional de empresas Brasileiras de 2008 a 2015
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Tema

Indicadores e modelos de mensuração da sustentabilidade

Autores

Nome
1 - Maria da Graça de Oliveira Carlos
Centro Universitário Estácio do Ceará - Centro Universitário Estácio do Ceará Responsável pela submissão

Reumo

A reputação tem muitos aspectos e varia para diferentes stakeholders. Há fortes razões para acreditar que a reputação corporativa impulsiona o sucesso do negócio (GAZOLA, 2014). Perrini et al (2011) assinalam que o foco estreito e exclusivo nos resultados monetários de curto prazo tem levado a consequências contra produtivas e negativas para as empresas e a sociedade. Os estudos acerca da Reputação Corporativa no Brasil têm despertado interesse dos pesquisadores. Estudos no Brasil em periódicos desde 2004 confirmam isso e deixam o gap sobre a situação de reputação das empresas brasileiras
Para preencher esse gapteórico o presente estudo levanta a seguinte questão de pesquisa: como se caracteriza o perfil reputacional de empresas do mercado de ações brasileiro em relação a percepção dos seus públicos interessados¿ Assim, o trabalho tem como objetivo descrever o perfil reputacional das grandes companhias que atuam no mercado de ações no Brasil e apresentar um breve diagnóstico das firmas atuantes no mercado a partir da percepção dos vários públicos interessados.
Reputação resultado de um processo competitivo em que as empresas sinalizam suas principais características aos componentes para maximizar seu status social (Spence, 1974). RC como a representação coletiva das ações passadas de uma firma que descrevem a capacidade da firma para entregar resultados valiosos para múltiplos intervenientes. são bons reflexos de valores e comportamentos subjacentes também associados ao desempenho social. Mede a posição relativa de uma firma, tanto interna com empregados e externa com os seus stakeholders, em ambos os seus ambientes competitivos e institucionais.
A pesquisa é descritiva, quantitativa, longitudinal e documentais fazendo levantamento amostral em todas as empresas listadas no período de 2008 a 2015. A população de empresas pesquisadas contemplou inicialmente um montante de 676 empresas na época do estudo, sendo retiradas dados missing, BDR (internacionais) e firmas sem Relatórios contábeis.Restaram 237 empresas com 1659 observações. A análise dos dados utilizou estatística descritiva com apoio do SPSS v.23. Os dados referentes a Reputação das companhias foram classificados dentro dos critérios de Fombrum (2007).
Os resultados mostram ausência de 92,1% das firmas junto às suas comunidades e ao meio ambiente de forma que de 2008 a 2015 apenas 7,5% foram percebidas em Ranking nacional e 0,1% no âmbito internacional. significa que as empresas não são percebidas com reputação positiva pelos empregados e candidatos nas suas relações de trabalho 92,6%), por seus clientes, nas relações com consumidor (87,9%) e pelo público em geral, nas Relações com a Comunidade e Meio Ambiente (92,1%). As empresas não são percebidas como empresas sustentáveis (87,1%), e não são vistas como internacionalizadas (92,1%).
Conclui-se que a maior parte das firmas atuantes no mercado de ações no Brasil está ausente dos rankings de reputação corporativa. No âmbito nacional os resultados evidenciam a baixa percepção de Reputação Corporativa das companhias entre os seus públicos, sinalizando pouca penetração e fragilidade ante outros players, o que é agravado pela inexistência de visibilidade internacional expresso nos resultados, sendo positiva a governança corporativa apesar do contexto político legal do país.
FOMBRUM, C. List of Lists: A Compilation of International Corporate Reputation Ratings. Corporate Reputation Review, Vol. 10, No. 2, pp. 144–153 © 2007 Palgrave Macmillan Ltd, 1363-3589 $30.00. 2007. RINDOVA, V. P.; FOMBRUM, C. J. Constructing Competitive Advantage: The Role of Firm-Constituent Interactions. Strategic Management Journal, v. 20, p. 691-710, 1999. SPENCE, M. Market Signaling: Information Transfer in Hiring and Related Screening Processes. Review by: John J. McCall. Journal of Economic Literature, v. 14, n. 2, p. 465-468, Jun. 1976.