1 - Anaiara Costa Brito de Paula Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat - Campus Universitário Professor Eugênio Carlos Stieler de Tangará da Serra-MT
2 - Lierge Luppi Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat - Tangará da Serra
3 - Paula Maines da Silva Universidade Luterana do Brasil - ULBRA - Educação a Distância
Responsável pela submissão
Reumo
As Práticas Ambientalmente Sustentáveis (PAS) são ações, cujo objetivo é construir um novo modelo de cultura organizacional visando a implantação de critérios sustentáveis nas atividades empresariais. No Brasil, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) vêm se propagando em meio as grandes organizações, como forma destas mostrarem sua preocupação com a questão ambiental e atenderem às exigências de mercados, do governo e consumidores conscientes. As margens desse processo ficam as empresas de pequeno porte que não possuem recursos financeiros para atenderem às exigências mínimas para implantar SGA.
O objetivo desta pesquisa é identificar se as 14 micro e pequenas empresas (MPEs) de Tangará da Serra/MT desenvolvem práticas ambientalmente sustentáveis (PAS), buscando compreender os fatores motivadores e limitadores para efetivação de tal ação. Além disso, objetivou-se verificar se as MPEs adotam PAS; identificar os fatores motivadores que levam as empresas a adotar PAS, caso adotem; identificar os fatores limitadores para efetivação de PAS; caracterizar do ponto de vista teórico como seria uma Gestão Ambiental de acordo com a ABNT NBR ISO 14.005.
Para embasar este estudo o referencial teórico foi construído a partir da abordagem sobre gestão ambiental: entendendo sua origem e conceito, certificações e Micro e Pequenas Empresas.
Foi utilizado o modelo quantitativo. Os dados foram quantificados na coleta via questionário, na análise com o auxílio do software Microsoft Excel, e em sua apresentação por meio de percentagens. A coleta de dados ocorreu com 14 gestores das empresas participantes da pesquisa (PMEs) da cidade de Tangará da Serra/MT. O questionário utilizado foi o mesmo usado por Otero (2010) que buscava identificar as práticas de sustentabilidade desenvolvidas em cidades universitárias de Instituição de Ensino Superior (IES).
Das 6 práticas previstas por Otero (2010) as empresas desenvolvem PAS relacionadas aos temas: energia, água, resíduo, materiais e construção.Também, foi possível verificar os fatores considerados motivadores para implementação de PAS que são Facilidade na elaboração de um cronograma de trabalho adequado à gestão de questões como meio ambiente local, saúde e segurança;Conscientização ambiental e Economia de recursos financeiros.Os fatores considerados limitadores são Escassez de recursos financeiros; Ausência de suporte para a implantação e Dificuldades de persuasão a participação de todos.
A partir desta pesquisa foi possível demonstrar que o SGA pode ser aplicado a qualquer atividade econômica, tendo em vista que todo empreendimento, independente do porte e atividade da organização, oferece riscos que podem contribuir ou provocar impactos ao meio ambiente. Cabe também as MPEs adotarem uma postura ambientalmente responsável, o que muitas vezes não ocorre pela falsa ideia de que implementar um SGA gera alto custo para a empresa. Com esta pesquisa, foi possível desmitificar esse conceito, por meio da norma ISO 14005:2012 voltada para as PMEs.
ABNT. NBR ISO 14005:2012.
OTERO, Gabriela Gomes Prol. Gestão Ambiental em Instituições de Ensino Superior: práticas dos campi da Universidade de São Paulo. 2010.
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Entenda as diferenças entre microempresa, pequena empresa e MEI. 2016 a.
SILVA, Vilena Aparecida Ribeiro. Desmistificando a implantação de SGA em MPEs: Aplicação de ferramentas de Gestão Ambiental em empresas do Projeto Adensamento da Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia no Estado do Maranhão. 2014.