Resumo

Título do Artigo

Inovação Horizontal e Ambidestria Organizacional: Estudo de Caso em uma Empresa Brasileira
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Tema

Inovação sustentável

Autores

Nome
1 - ANTONIO CARLOSTtEIXEIRA ALVARES
Fundação Getúlio Vargas - FGV - Escola de Administração de Empresas de São Paulo
2 - José Carlos Barbieri
Fundação Getúlio Vargas - FGV - EAESP- Escola de Administração de Empresas de São Paulo
3 - Dafne Oliveira Carlos de Morais
Fundação Getúlio Vargas - FGV - Responsável pela submissão

Reumo

A denominação Inovação Horizontal foi criada para designar inovações que se originam a partir de todos os funcionários, usualmente a partir de sistemas de sugestões de empregados (ESS). Esses sistemas produzem basicamente inovações incrementais, também denominadas melhorias contínuas pelos especialistas em gestão da qualidade. Alguns autores argumentaram que essas inovações competiam com as inovações radicais e prejudicavam a empresas em sua busca por vantagens competitivas. Em contraposição foi criado o conceito de ambidestria segundo o qual as organizações inovadoras produzem tanto inovações
Esta pesquisa tem por objetivo analisar como uma empresa focada em Inovação Horizontal pode tornar-se capaz de produzir constantemente inovações radicais, transformando-se em uma empresa ambidestra.
Esse artigo aborda uma revisão da literatura sobre inovação, tipos de inovações e ambidestralidade. O objetivo dessa seção é discorrer sobre o conceito de Inovação Horizontal, uma vez que se trata de um novo tema na literatura sobre inovação e que pode ser confundida com inovação incremental. O conceito de inovação horizontal é uma criação recente, sendo por esse fato um assunto praticamente inexistente na literatura acadêmica sobre inovação.
O presente estudo adota como metodologia o estudo de caso único. A estratégia se faz adequada, pois se trata de pesquisa de caráter exploratório a respeito de um caso representativo no contexto nacional. Para Yin (2015), o estudo de caso é uma investigação empírica sobre um fenômeno contemporâneo, em seu contexto de vida real, quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos. Eisenhardt (1989) mostra que o estudo de caso permite compreender situações concretas em suas dinâmicas complexas, confirmar ou modificar teorias.
Os entrevistados apresentam posição altamente favorável às competências que, segundo modelo do Fórum FGV/Inovação, indicam a maturidade de uma organização inovadora. O escore total 903 está localizado na faixa máxima de pontuação (que fica entre 851 a 1000), significando que, como organização inovadora, a Brasilata possui enfoques proativos, refinados, inovadores, disseminados, com uso continuado, sustentados por uma aprendizagem permanente e plenamente integrados. Os percentuais da Brasilata são superiores aos do estudo nas competências Meio Inovador Interno, Pessoas e Processo de Inovação.
A Brasilata com seu Projeto Simplificação busca intensivamente a inovação a partir de todos os seus funcionários, ou seja, a partir da Inovação Horizontal. Ao adotar a política de contratar todos os funcionários como inventores, ou seja praticar a Inovação Horizontal, impulsionou a criação do Meio Inovador Interno, permitindo que a organização se tornasse inovadora produzindo sistematicamente tanto inovações incrementais como radicais do tipo B. O caso mostra inovações radicais e incrementais atuando de forma harmônica e complementar no mesmo ambiente produzido pela Inovação Horizontais.
ALVARES, Antônio Carlos Teixeira. Horizontal Innovation versus ambidexterity. The Canmaker Magazine May, 2017 ALVARES, Antônio Carlos Teixeira. Innovation has more to do with culture than money. The Canmaker Magazine Jan p. 21, 2016 BUECH, Veronika ID; MICHEL, Alexandra; SONNTAG, Karlheinz. Suggestion systems in organizations: what motivates employees to submit suggestions? European Journal of Innovation Management, v. 13, n. 4, p. 507-525, 2010.