Resumo

Título do Artigo

RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS BANCOS NO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM OS EMPREGADOS – um estudo de múltiplos casos
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Tema

Responsabilidade social corporativa

Autores

Nome
1 - Gilmara Lima de Elua Roble
Centro Universitário FEI - PPGA Responsável pela submissão
2 - Carmen Augusta Varela
Centro Universitário da FEI- Profa. PPGA da FEI-SP - Administração

Reumo

Desde o final do século XIX, organizações e governos desenvolvem ações em vários aspectos da responsabilidade social. Contudo, foi somente a partir de 1960, nos Estados Unidos da América, e no início da década de 1970, na Europa, que o termo começou a ser mais amplamente utilizado, quando passou a ser associado ao desenvolvimento sustentável (ABNT, 2010). O Brasil tem evoluído na questão da RSC, mas por ser um país com uma grande extensão territorial, há regiões em que a preocupação das empresas está centrada nas questões ambientais. O setor bancário, no Brasil, tem um papel relevante.
Nesse aspecto, esta pesquisa teve como objetivo identificar como os empregados avaliam as ações de responsabilidade social dos bancos, voltadas para eles e constantes em seus relatórios de sustentabilidade. Para tanto foi elaborado a seguinte pergunta de pesquisa: as práticas de responsabilidade social do setor bancário, para com seus empregados, estão coerentes com o que relatam em seus relatórios de sustentabilidade?
O conceito de RSC tem se alterado significativamente desde a década de 1950 até os dias atuais. Parada, Daponte e Vazquez (2014) argumentam que, apesar de diversas abordagens serem utilizadas para definir RSC, nenhuma inclui todos os seus aspectos. O sistema financeiro brasileiro é considerado um dos mais sólidos do mundo (FEBRABAN, 2017). Os empregados são stakeholders de grande importância para os bancos, uma vez que eles afetam e podem ser afetados pelas atividades bancárias (AZIM, 2016). Azim (2016) identificou uma relação significativamente positiva entre a percepção da RSC e engajamento.
Esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, utilizando o método de estudo de múltiplos casos. Foi utilizado, na pesquisa, o método de estudo de caso, que possibilita explorar profundamente uma atividade e seus indivíduos (CRESWELL, 2010). O estudo foi realizado com cinco instituições bancárias, integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Neste estudo foi realizada pesquisa documental em relatórios anuais de sustentabilidade do ano 2017.Para preservar a confidencialidade dos bancos e dos entrevistados foram utilizados códigos.
Foi investigado a percepção dos empregados em relação a aspectos como treinamento e educação, diversidade e igualdade de oportunidades, saúde e segurança no trabalho, satisfação em relação ao ambiente de trabalho e satisfação com as políticas e práticas de gestão de pessoas, categorias estas, retiradas dos relatórios de sustentabilidade dos bancos, do ano de 2017, publicados em seus web sites. Em relação a este stakeholder, Azim (2016) afirma que ele tem grande importância para os bancos, uma vez que ele afeta e pode ser afetado pelas atividades bancárias.
Os empregados são os stakeholders que mais percebem a preocupação dos bancos com a responsabilidade socioambiental, que conhecem as diretrizes e os critérios necessários para o seu engajamento no aspecto socioambiental e são, também, os que mais acham que os bancos são transparentes. Pode-se observar, nas entrevistas com empregados, uma diferença de percepção em relação à dos ex-empregados, pois estes últimos foram mais abertos e detalharam de forma melhor suas respostas. Esse resultado pode ser explicado pelo fato de o ex-empregado estar fora da organização.
AGUINIS, H.; GLAVAS, A. On Corporate Social Responsibility, Sensemaking, and the Search for Meaningfulness Through Work. Journal of Management, v. 45, n. 3, 2019.BACEN. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Série Cidadania Financeira. 2017. Disponível em: . Acesso em: 05 jun. 2018. CARROLL, A. B. Three-dimensional Conceptual Model of Corporate Performance. Academy of Management Review, v. 4, n. 4, p. 497-505, 1979. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.