Resumo

Título do Artigo

GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: um estudo sobre barreiras na implantação de uma cadeia de fornecimento waste-to-energy
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Tema

Economia Circular

Autores

Nome
1 - Adely Ribeiro Meira Corrêa
Universidade Federal do Ceará - UFC - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria - PPAC Responsável pela submissão
2 - Jardênia de Souza Fernandes
Universidade Federal do Ceará - UFC - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade
3 - Mônica Cavalcanti Sá de Abreu
Universidade Federal do Ceará - UFC - Universidade Federal do Ceará
4 - Rafaela de Almeida Araujo
Universidade Federal do Ceará - UFC - feaac

Reumo

A industrialização e urbanização foram desencadeados pelo processo de crescimento da população, o que, consequentemente, ocasionou um aumento no consumo. Entretanto, quanto maior é o consumo, maior é a geração de resíduos sólidos (BEYENE et al., 2018; FERRI et al., 2017; KOTHARI; TYAGI; PATHAK, 2009; MALINAUSKAITE et al., 2009; MAKARICHI; JUTIDAMRONGPHAN; TECHATO, 2018). Nesse contexto, a cadeia de fornecimento Waste-to-Energy (WTE) fornece um método de abordar simultaneamente os problemas de demanda de energia e gerenciamento de resíduos para alcançar um sistema de economia circular.
Emerge a seguinte questão: Quais as barreiras enfrentadas na implantação de uma cadeia de fornecimento waste-to-energy em um sistema de economia circular? Para responder tal questionamento, o presente artigo tem por objetivo identificar as barreiras enfrentadas durante a implantação de uma cadeia de fornecimento waste-to-energy em um sistema de economia circular no contexto do Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia – CE. Adicionalmente, busca-se compreender a estruturação dessa cadeia. Propõe-se a ampliar a base teórica para um maior desenvolvimento sobre a gestão sustentável de resíduos.
Nessa perspectiva, torna-se pertinente usar resíduos como fonte de energia na transformação de resíduos sólidos em energia renovável como chave para uma economia circular, trazendo impactos no valor de produtos, materiais e recursos para que sejam mantidos no mercado pelo maior tempo possível, minimizando o desperdício e o uso desses recursos (MALINAUSKAITE et al., 2009). A cadeia de fornecimento waste-to-energy (WTE) oferece um método de abordar simultaneamente os problemas de demanda de energia e gerenciamento de resíduos para alcançar um sistema de economia circular (PAN et al., 2015).
No que tange à natureza da pesquisa, esta é considerada uma investigação de cunho qualitativo (COLLIS; HUSSEY, 2005), o que é particularmente mais adequado para compreender as dinâmicas que operam em um único cenário (EISENHARDT, 1989). Quanto aos fins, trata-se de uma pesquisa descritiva, pois expõe características do fenômeno pesquisado (VERGARA, 2009). Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa de campo (FONSECA, 2002). A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas. Quanto à análise dos dados, foi feitapor meio da técnica de análise de conteúdo, conforme proposta de Bardin (2004)
Diante das respostas dos entrevistados, as barreiras identificadas no processo de implantação da cadeia foram categorizadas em: geográficas, tecnológicas, logísticas, financeiras, institucionais e regulatórias. As barreiras tecnológicas, financeiras, institucionais e regulatórias corroboram o modelo de Pan et al. (2015), já as barreiras geográficas e logísticas emergiram durante a análise dos dados. O estudo apresentado aponta que o projeto da cadeia waste-to-energy trouxe como benefícios não apenas a maximização de lucros, mas, também, uma melhor gestão dos resíduos sólidos urbanos.
Destaca-se que o propósito geral deste estudo foi alcançado na medida em que as barreiras enfrentadas no processo de implantação de uma cadeia WTE para um sistema de economia circular foram identificadas. Os quatro principais tipos de barreiras (tecnológicas, financeiras, institucionais e regulatórias) vivenciadas no caso investigado corroboram a categorização apresentada nos estudos de Li et al. (2015) e Pan et al. (2015). Entretanto, a partir da investigação realizada nesta pesquisa, emergiram outros dois tipos de barreiras, geográficas e logísticas, que refletem uma contribuição teórica.
MALINAUSKAITE et al., 2009; MIEZAH et al., 2105; ZHANG; TAN; GERSBERG, 2010;DINIZ; ABREU, 2018; FERRI; CHAVES; RIBEIRO, 2015; MARTINS; LORENZO; CASTRO, 2017; JACOBI; BESEN, 2011; SILVA; SPERLING; BARROS, 2014; LI et al., 2015; PAN et al., 2015.