Resumo

Título do Artigo

COVID-19 E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: OS POSICIONAMENTOS DOS EMPRESÁRIOS NEGACIONISTAS DA PANDEMIA
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Tema

Responsabilidade Social Corporativa

Autores

Nome
1 - Henrique Martins de Soares
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - PPGA Responsável pela submissão
2 - Cristiano Sordi Schiavi
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Escola de Administração

Reumo

Em março de 2020, a OMS declarou pandemia mundial de COVID-19. De lá para cá, somente no Brasil, mais de 3 milhões de pessoas foram infectadas e 100 mil pessoas perderam suas vidas. Apesar dos números alarmantes e das evidências científicas que comprovam os benefícios do distanciamento social, muitos empresários brasileiros insistem em ignorar as orientações sanitárias, além de defender medicamentos para a COVID-19 sem comprovações científicas, assumindo assim um posicionamento negacionista na pandemia. Neste contexto, o debate quanto à Responsabilidade Social Corporativa torna-se necessário.
O problema de pesquisa desse estudo é: Qual é o posicionamento dos empresários negacionistas da pandemia quanto à RSC? Para responder essa pergunta, definiu-se o seguinte objetivo geral: analisar o posicionamento quanto à RSC dos empresários que negam as evidências científicas referentes à COVID-19
No referencial teórico, inicialmente contextualizou-se a pandemia da COVID-19. Posteriormente, foi abordado a Responsabilidade Social Corporativa, que foi dividida em duas partes: evolução histórica-teórica da RSC e Iniciativas e ferramentas de RSC. Na primeira parte, é descrito a evolução da RSC desde a sua criação, até os dias atuais. Na segunda parte são apresentados os principais indicadores, iniciativas e ferramentas, nacionais e internacionais, sobre RSC
O estudo em questão possui caráter qualitativo, utilizou-se da técnica de coleta de dados documental e realizou análise de conteúdo. Inicialmente, foi feito uma pesquisa exploratória para identificar os empresários negacionistas na pandemia. Feito a busca, selecionou-se as três principais empresas citadas, a partir da declaração dos seus empresários. Na análise de dados, considerou-se as informações presentes no site institucional, na mídia digital da empresa e nas matérias jornalísticas. Para a análise, definiu-se quatro categorias com base no referencial teórico de RSC
Nas empresas analisadas, notou-se: a inexistência de ação externa no combate a pandemia; a falta de clareza quanto a segurança do local de trabalho durante a pandemia; desrespeito as recomendações de distanciamento social nas ações das empresas; a violação de direitos humanos nas declarações e nas ações dos empresários ; o posicionamento irresponsável político dos empresários tanto antes quanto durante a pandemia; percepções quanto a RSC antiquadas baseada somente em ações filantrópicas.
A partir da análise realizada, concluiu-se que os empresários negacionistas e, suas respectivas empresas, não seguem as dimensões de RSC propostas pelos principais institutos que tratam do assunto. Como sugestões para trabalhos futuros, recomenda-se a realização de uma pesquisa tendo como base observações de campo e entrevistas com (ex) funcionários e clientes das empresas aqui analisadas, a fim de verificar quais impactos nos negócios a postura negacionista acaba gerando.
ABNT. ABNT NBR ISO 26000 - Diretrizes sobre Responsabilidade Social. Interna-tional Organization for Standardization, p. 1-118, 2010. ETHOS. 2017. Indicadores Ethos para negócios responsáveis e sustentáveis. Dispo-nível em https://www.ethos.org.br/cedoc/indicadores-ethos-para-negocios-sustentaveis-e-responsaveis/#.WE7OEjWKuwc. Acessado em 05. jul. 2020 GRI. 2016. Consolidated Set of GRI Sustainability Reporting Standards 2016. Dis-ponível em: < https://www.globalreporting.org/standards/gri-standards-download-center/> Acessado em 21. ago. 2020