Resumo

Título do Artigo

SUSTENTABILIDADE NO SETOR DE AGRONEGÓCIO ATRAVÉS DA INOVAÇÃO E DA GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS
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Tema

Governança e Sustentabilidade em Organizações

Autores

Nome
1 - Roberto Rodrigues
Faculdade FIA de Administração e Negócios - São Paulo Responsável pela submissão
2 - Vanessa Cuzziol Pinsky
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP) - Administração

Reumo

No setor do agronegócio brasileiro há uma forte pujança de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias, os quais corroboram com a melhoria dos processos produtivos; já que a inovação para o agronegócio é considerada grande desafio, ao lado da gestão, pesquisa e mercado (CRUVINEL, 2007). A preocupação com os aspectos relacionados a sustentabilidade organizacional e ambiental se intensifica devido a esses diversos desafios, mas a gestão de riscos revela-se em grande complexidade, sobretudo envolvido ao gerenciamento das atividades em toda a cadeia produtiva (BATALHA, 2002).
Por conseguinte, torna-se relevante analisar se as práticas de gestão de riscos corporativos utilizadas por organizações representantes do setor de agronegócio brasileiro, favorecem ao ambiente sustentável dos negócios. Diante do exposto, o objetivo principal deste artigo é identificar quais práticas de gestão de riscos corporativos estão presentes em organizações estratégicas ao setor do agronegócio brasileiro, todavia verificando em suas atividades (operacionais e estratégicas) ações que possam corroborar com a sustentabilidade organizacional através da gestão de riscos.
Nesse habitat corporativo há a presença de riscos nas atividades agropecuárias (GOMES, 2000; FAMÁ, CARDOSO e MENDONÇA, 2002; BORNER, 2006; MOREIRA, 2009; ARIAS e ABEL, 2015; MICELI, 2019), tanto os riscos endêmicos (BORNER, 2006; LIMA, 2005) como a relação de risco e retorno (GOMES, 2000). A gestão de riscos adota atualmente nova postura, visto que as organizações estão expostas e devem exercer uma gestão abrangente (PADOVEZE, 2010), como é o caso dos riscos operacional, estratégico, legal e financeiro (FAMÁ, CARDOSO, MENDONÇA; 2002) e riscos ambientais (PINSKY, DIAS e KRUGLIANSKAS (2013).
Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva, baseada em alguns princípios da abordagem metodológica pesquisa-ação, cujas técnicas utilizadas para coleta de dados primários se deram através da observação participante e entrevistas com gestores e executivos de cargos estratégicos. Para estruturar o modelo da pesquisa foi utilizado o modelo ERM: Enterprise Risk Management - Integrated Framework, à luz da teoria de COSO (2004).
Esse estudo abordou a sustentabilidade através da dualidade: inovação e gestão de riscos corporativos no setor de agronegócio, cujo resultado apresentou assimetria no uso de artefatos contidos no framework proposto pela metodologia COSO, revelando uma maior incidência de eventos de gestão de riscos relacionados a infraestrutura, aos riscos econômicos e riscos ambientais, onde dados empíricos evidenciaram indícios de heterogeneidade dos componentes e eventos voltados à gestão de risco, em intensidades variadas, endogenamente ligados a estrutura e/ou função social de cada organização.
Os resultados dessa pesquisa podem contribuir para a discussão e para a prática inovativa de implementação de melhorias na gestão voltadas aos aspectos ambientais, econômico-financeiros e organizacionais, portanto contribuindo para a sustentabilidade organizacional e para a mitigação dos riscos corporativos no setor de agronegócio brasileiro, seja através de intervenções no meio empresarial como em estudos acadêmicos. As implicações gerenciais podem oportunizar meios na implementação ou melhoria das práticas voltadas à gestão dos riscos corporativos, governança corporativa, Compliance.
(CRUVINEL, 2007) (SOENDERGAARD et al., 2020) (FAO-ONU, 2020) (SIMÕES, SOLER e PY, 2017; MASSRUHÁ e LEITE, 2016, 2017) (SWINTON & LOWEMBERG-DEBOER, 1998; MATOSO & GARCIA, 2006) (GIANEZINI, RUVIARO e FAGUNDES, 2016; DE LUCENA e DA SILVA, 2018) (MOLIN, 2005; PINTO, 2005) (BATALHA, 2002) (COSO, 2004) (PINAZZA, 2001) (BURANELLO, 2018) (ARAUJO, WEDEKIN e PINAZZA, 1990; ARAÚJO, 2000; CALLADO, 2006) (CRUVINEL e MASCARENHAS; 2007) (CRUVINEL e MASCARENHAS; 2007) (DRUCKER et al., 2018; MASSRUHÁ e LEITE, 2016; RIBEIRO, MARINHO e ESPINOSA, 2018) (PIGNATI e MACHADO, 2011) PINSKY, DIAS e KRUGLIANSKAS (2013)