Resumo

Tratando-se especificamente de aparelhos celulares Sousa et al. (2019) afirma que o seu consumo vem aumentando desde a década de 90. Atualmente seu uso tornou - se essencial no dia a dia das pessoas, auxiliando não só apenas na comunicação, mas também como meio de acesso a internet. Diante do rápido avanço tecnológico e da inovação, o aparelho celular acaba sendo descartado com maior rapidez. Neste contexto, este estudo tem por objetivo analisar os projetos e/ou ações sustentáveis de fabricantes de celulares alinhadas aos princípios e objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em vista do contexto apresentado sobre o aumento do consumo de produtos eletroeletrônicos, especificamente de celulares, e as consequências nocivas ao meio ambiente que seu descarte incorreto causa, o presente estudo busca responder a seguinte questão de pesquisa: Qual a influência da PNRS nos projetos e/ou ações praticadas por parte dos fabricantes no que tange ao descarte adequado e projetos de logística reversa? Deste modo, foi definido o objetivo geral desta pesquisa que é estudar as empresas fabricantes de celulares que apresentam projetos e/ou ações voltadas ao descarte adequado de seus

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi sancionada em 2 de agosto de 2010 por meio da Lei Federal nº 12.305 e, apresenta a definição de responsabilidade compartilhada, reconhecendo a necessidade de participação de todos os elos da cadeia, o incentivo ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras maneiras de associação de catadores como forma de uma ação socioambiental (Neto, 2011). Esta Política contempla princípios e objetivos a fim de entendimento, cumprimento, mitigação e adoção de práticas sustentáveis para a minimização e a maximização de reaproveitamento de resíduos gerados

A pesquisa é de natureza exploratória, qualitativa e documental, tendo como objetivo levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações (Severino, 2013). Esta pesquisa contempla a análise das empresas fabricantes de aparelhos celulares, portanto, não contemplando os demais produtos de aparelhos do setor de eletroeletrônicos. Inicialmente foi realizada uma pesquisa nos sites de cinco empresas fabricantes de celular para identificar os projetos e ações existentes voltados ao descarte correto de aparelhos pós uso.

Ressalta-se que entre as empresas pesquisadas apenas três contribuíram com informações adicionais via e-mail e outras redirecionaram para outras áreas que acabaram não retornando. Diante deste contexto, pode-se supor que talvez a falta de interesse em dar informações é devido ao fato das mesmas não apresentarem um departamento desenvolvido voltado para as questões do estudo. Os resultados partem da interpretação e análise das empresas pesquisadas, a partir de suas aderências aos princípios e objetivos da PNRS. Desta forma, é possível demonstrar o quanto as práticas sustentáveis das empresas

Os resultados obtidos indicam que as empresas que atuam no mercado brasileiro possuem ações voltadas à preservação do meio ambiente, ou seja, uma política na qual proporciona o descarte correto dos aparelhos obsoletos. Entretanto, nota-se que é necessário mais empenho e mobilização por parte das empresas nessa questão no quesito da logística reversa, pois seus programas são informados por meio de seus sites, mas não se sabe se ao comprar um produto de qualquer uma destas empresas, o cliente recebe esse tipo de informação. Sugere-se assim, novas pesquisas para corroborar ou não esta percepção.

Santos, A. A. L., Simões, S. L., Buck, A. T. (2013). Inovação como estratégia para o desenvolvimento sustentável praticados pelas empresas. Journal on Innovation and Sustainability, v.4, n.3, 2179-3565. Schneider, E. (2000). Gestão Ambiental Municipal: Preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. O Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Schuinsekel, O. E. et. al. (2017). Logística reversa de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e seus reflexos ao meio ambiente. Revista Gestão Estratégica de Organização, v.5, n.3.